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Filme: O Rei Leão

Foto: Divulgação

Um dos mais esperados filmes desde o seu anúncio finalmente chegou aos cinemas no último dia 18 de julho. O Rei Leão (The Lion King) é um filme da Disney em live action trazendo uma arte formidável. Diferente de muitos críticos, o realismo aqui existe em comemoração ao filme de 1994. Nada mudou, tudo foi preservado igual a animação, seu texto teve que ser adaptado para uma realidade atual, como os diálogos entre Mufasa e Simba. Jon Favreau, responsável por trazer tudo isso novamente teve uma tremenda e grande missão: trazer toda a nostalgia dentro do filme e tentar agradar muitos fãs da época. Mas como?

Depois de outros grandes filmes da Disney, como A Bela e a Fera, lançado recentemente nesse novo formato aparentemente real, aqui todo o processo demorou exatamente os seus três anos. Transformar a savana anterior em algo realístico foi um processo grande para Favreau. Até o modo de voar o besouro, os pelos dos leões e de todos os habitantes foram bem reais. O jogo de mexer os focinhos dos animais, o bico de outros, foi algo muito bem trabalhado em readaptar tudo isso e trazer para um momento grande, na qual a Disney traça novos caminhos e como dito, tentar agradar a todos.

Eu mesmo assisti diversas vezes a obra de 1994 e as suas sequências e fiquei me imaginando como chegaria aqui. Depois de assistir Mogli, o Menino Lobo (2016) não esperava que as coisas poderiam ser melhores, mas o efeito sombrio transpassou todo o ambiente, com isso acho que existe uma crítica: crianças podem assustar pelo cenário mais escuro em muitos momentos.

O início é formidável e meus olhos brilhava quando o sol apontava no horizonte, os pássaros voavam, elefantes, zebras, girafas, o trabalho das formigas, e outros animais caminhavam para um grande acontecimento dentro da selva africana. Junto com a canção Ciclo sem Fim (Cicle of Life, no original), Mufasa, o leão rei da floresta, reúne todos para apresentar seu sucessor, Simba. O macaco Rafiki como de praxe, indo até Sarabi, pegando o filhote, marcando-o, e no topo da Pedra do Rei, apresentando à todos. Dessa forma, o Rei Leão estava novamente sendo exibido nos cinemas.

Fonte para divulgação

Demorou um pouco para pegar tudo, outros críticos ainda compararam os personagens, como do National Geografic Channel, eu não achei, uma vez que se tornou tudo mais realístico. As passagens de câmeras, a forma da computação gráfica me chamou muita atenção. Sarabi, mãe e esposa de Mufasa, ganhou muito mais voz por aqui, desde os diálogos com os personagens centrais, bem como Scar, irmão de Mufasa, no decorrer do filme foi algo de aplausos. Falando nele, Scar, ficou muito mais misterioso, teve a sua grande voz no canto “Be Prepared”, o que pecou por iniciar em falas e sua voz soltou somente em uma parte ao lado da hienas. Shenzi, também não se perdeu, a vilã responsável pelas hienas, foi algo bem sombrio, sua voz ficou muito bem distribuída e construída, infelizmente não vi o filme legendado, mas no dublado ficou muito digna. Ri demais com Zazu, fiel escudeiro de Mufasa, muito parecido com a animação.

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E os personagens que roubam a cena mesmo, foram Timão e o Pumba (e ficaram feios, coitados), brincando! As suas vozes também alteraram na versão dublada, o que não gostei muito, apesar entendendo que não tinha como trazer as vozes originais da dublagem de 1994, mas os atores tentaram ao máximo. “Hakuna Matata”, “I Just Can’t Wait to Be King”, “The Lion Sleeps Tonight” e “Can You Feel the Love Tonight” de Tim Rice e Elton John estão dentro da obra. Nada ficou de fora! Somente na versão dublada não senti o som da nossa divã Byoncé “Spirit” que veio aprofundar a sua personagem de dublagem, Nala. O que veio no final! Diferente da versão legendada, ela aparece.

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As dublagens do filme aqui no Brasil foram outros grandes problemas. O ator Ícaro Silva, dubla Simba em sua fase adulta, bem como a cantora e apresentadora Iza dubla a Nala. E sim! Meus amigos, em muitos momentos não aconteceu essa junção que tanto imaginava, como em “Nesta Noite o Amor Chegou”, mas o final foi merecido e eles grandes artistas que merecem sim seu respeito. No mais, outros grandes músicas tomaram conta como em “O que Eu quero Mais É ser Rei”, quando Simba e Nala tentam enganar Zazu para irem ao cemitério de Elefantes proibido pelo seu pai.

A morte de Mufasa foi um dos momentos tristes e fortes como a animação! Ri, chorei e deu muita vontade de rever, continuar vendo e revendo. O Rei Leão é uma obra que merece todo o crédito e essa nova versão teve todo o seu cuidado, agora realístico com todo o cenário atual da Disney. O roteiro ficou por conta de Irene Mecchi, Jonathan Roberts e Linda Woolverton e outros que ajudaram a reler toda a obra. Nas versões legendadas  James Earl Jones que interpreta Mufasa teve seu crédito, sua voz é impecável, senti um amor grande de pai pelo seu filho, conciliado com seus diálogos lindos e formidáveis que me pegam, como os outros:  Matthew Broderick, Rowan Atkinson, Jeremy Irons e Whoopi Goldberg. Além dos nossos artistas que encantaram nas vozes de Simba e Nala no Brasil, tivemos: Garcia Júnior, Paulo Flores, Mauro Ramos, Pedro Lopes e Jorge Ramos que mostraram porque vieram.

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E antes de finalizar, a versão 3D, vale ainda a pena! Mesmo se não acrescentar nada, é uma única oportunidade de rever tudo isso em um dos maiores e grandiosos filmes de todos os tempos. Assistam, e tirem suas próprias conclusões! Eu amei!!!!

The Lion King (Original)

Ano: 2019

Direção: Jon Favreau

Simba idolatra seu pai, Rei Mufasa, e leva a sério seu futuro real. Mas nem todos do reino celebram sua chegada. Scar, o irmão de Mufasa e anterior herdeiro do trono, tem seus próprios planos. A batalha pela Pedra do Reino será repleta de traições, tragédia e drama, resultando no exilo de Simba. Com ajuda de uma curiosa dupla de novos amigos, Simba deverá descobrir como crescer e tomar o que é seu por direito.

Nota> Muito Bom!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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