Resenhas

Resenha: A Coroa da Vingança – Colleen Houck

Nome do Livro: A Coroa da Vingança
Nome Original: Reunited
Série: Deuses do Egito #03
Autor(a): Colleen Houck
Tradução: Alves Calado
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580417876
Ano: 2018
Páginas: 416
Avaliação: 3/5
Onde Comprar: Livro físico/ e-book

Em A Coroa da Vingança, terceira e última aventura da série Deuses do Egito, Colleen Houck nos presenteia com um desfecho tão surpreendente e inspirador quanto o elaborado universo mitológico que criou. Meses após sua pacata vida como herdeira milionária sofrer uma reviravolta e ela embarcar numa vertiginosa jornada pelo Egito, Liliana Young está praticamente de volta à estaca zero.Suas lembranças das aventuras egípcias e, especialmente, de Amon, o príncipe do sol, foram apagadas, e só resta a Lily atribuir os vestígios de estranhos acontecimentos a um sonho exótico. A não ser por um detalhe: duas estranhas vozes em sua mente, que pertencem a uma leoa e uma fada, a convencem de que ela não é mais a mesma e que seu corpo está se preparando para se transformar em outro ser.Enquanto tenta dar sentido a tudo isso, Lily descobre que as forças do mal almejam destruir muito mais que sua sanidade mental – o que está em jogo é o futuro da humanidade. Seth, o obscuro deus do caos, está prestes a se libertar da prisão onde se encontra confinado há milhares de anos, decidido a destruir o mundo e todos os deuses. Para enfrentá-lo de uma vez por todas, Lily se une a Amon e seus dois irmãos nesta terceira e última aventura da série Deuses do Egito.

Finalmente chegamos ao último volume da trilogia de “Deuses do Egito”. Depois de o livro demorar mais de dois anos para chegar ao nosso encontro temos enfim o famosos cheque-mate da trama que envolve Amon e Liliana Young, fora ela como peça fundamental desse jogo entre os mortais e imortais. Apaixonar por uma múmia/imortal teve lá seus grandes desafios e ainda tem nessa última jornada, mas ligar a nossa protagonista como já repeti diversas vezes como peça fundamental foi algo que para minha pessoa se superou como qualquer outro livro que já tinha lido. A autora pegou todos os seus leitores em mudar o foco por assim dizer do enredo, no qual, acreditei sempre que o foco seria os príncipes do Egito em sua luta para salvar o mundo, acabando ser a nossa protagonista como a chave para destravar tudo isso. Você leitor vai entender no decorrer das leituras ou em nossas resenhas .

A vida de Lily não foi fácil, teve que enfrentar demônios, múmias e outras infinidades de seres sobrenaturais. Se antes tínhamos uma adolescente mimada  no decorrer da trilogia, agora temos uma adolescente diferente, amadurecida e dosada. Agora, a nossa heroína já não mais reclama tanto e já sabe tomar suas decisões necessárias para salvar os dois lados. Fora enfrentar o deus do Caos, Seth, ela ainda precisa descobrir de fato quem é realmente. Enquanto todos pedem para ela se tornar Wasret, uma deusa poderosa capaz de destruir Seth ela precisa antes de fato voltar a relembrar suas ações de fato no passado. O que acontece é que na nossa última aventura, ela acabou perdendo as lembranças no passado. E quais serão as consequências ao se transformar nessa deusa? Fora que tudo para ela está se fechando, não tem muito tempo para ela pensar, agir erroneamente pode trazer consequências maiores  para o mundo e aqueles que a cercam.

Lily carrega consigo a jovem leoa, Tia e a fada Ashley, quais são as dificuldades de caminhar ao lado das duas e aprender a lidar nessa nova fase tomando escolhas que mexem com um todo? A pessoas que confiamos, como no caso da nossa protagonista não lembrar de nada, acaba contanto com a ajuda das outras duas para manter correto seu eu físico e as coisas até que redobre a atenção.  A avó de Lily, a Sra. Melda, que logo é revelado seu nome acaba ajudando a garota para se preparar para o submundo dando-lhe forças. Imaginei como nós sempre desconfiamos das pessoas que nos cobram, achamos que estão enchendo nossa paciência mas acaba que estão interessados mesmos é em nos ajudar e não cometer erros que eles já cometeram. Por outro lado ela possui a avó que é bastante compreensiva.

Os exageros de toda a trilogia me fizeram em partes recuar e de ter vontade em prosseguir (pode ser este o grande motivo de minha demora em ler). Achei meio forçado Lily se apaixonar pelos três príncipes do Egito ( Amon, Asten e Ahmose), fora que as suas duas personalidades que ela carrega também caíram no mesmo. Fora em momentos forçados de no meio de um entrave, uma batalha, interrompe para que possa falar do corpo dos príncipes. Isso é sério? O mundo acabando e as três pensando na atração que sentem? Uma grande melação sem necessidade. Não aprovei isso!

O que me ganhou foi a conversa da personagem com os seres do Cosmos, essa viagem ao outro mundo falando como tudo originou e como a humanidade foi se tornando ambiciosa esquecendo de observar a riqueza de toda a criação. Fiquei muito pensando no nosso mundo atual, esse que vivemos. Quantas pessoas esquecem de admirar as belezas e se focam nas pessoas, destruindo uma a outra, também no dinheiro que compra qualquer coisa, esquecendo o ser voltando ao ter.

A batalha final me deixou ainda mais desmotivado. Esperava muito mais. Os livros foram montando um Seth meio que maligno e no final me decepcionou. Ainda fiquei imaginando se realmente era esse o motivo ou era mais voltado o enredo para o romance. A mitologia com toda certeza deixará saudades e por assim dizer valeu muito a pena o conhecimento que a autora fez ao longo de sua escrita, mas pecou pelos exageros no romance, pela falta de finalização dentro da batalha que deixaria um grande “UAU” aos leitores depois de todo o terreno se armar e de todo mal que se dignava ser Seth.

A capa e a diagramação ficou digna dos livros anteriores e vale cada momento a leitura. A tradução ficou muito bem feita e as finalizações dos diálogos bem coerentes.

Se você leitor não gosta de um enredo rodeado de muito romance, não leia. Porque podem se arrepender, mas se ainda amam a autora, e a mitologia que ela trás vão se apaixonar.

Trilogia Deuses do Egito:

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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