Resenhas

Resenha: Floresta dos Corvos, por Andrew Peters

Nome do livro: Floresta dos Corvos
Nome Original: Ravenwood
Autor(a): Andrew Peters
ISBN: 9788580572513
Páginas: 384
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Avaliação: 2.5/5
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Ark vive no alto das últimas árvores que restam no mundo. E, já que mesmo em um país suspenso como Arborium alguém precisa desentupir os canos, ele tem uma profissão: aprendiz de encanador. É enquanto está ocupado com o vaso sanitário de um político poderoso que o garoto se torna testemunha de algo que vai mudar sua vida. Sem querer, Ark entreouve a conversa de conspiradores que pretendem destruir seu país. Uma perversa enviada de Maw, o império inimigo, feito de vidro e metal, planeja tomar as ricas árvores de Arborium e transformá-las em matéria-prima, fazendo de seu povo, os pacíficos dendrianos, nada mais que escravos de seu plano maligno. Flagrado, Ark precisa fugir para não ser morto, e terá de percorrer o gigantesco arvoredo e chegar à sombria Floresta dos Corvos, onde talvez esteja sua única chance de proteger seus amigos e seu lar.

Eu, simplesmente sou fã de livros infanto- juvenis, sempre quando chega algum livro novo, com um enredo digno não penso duas vezes em ler. A capa foi ilustrada por Steve Rawlings e seu disign desenhado por Steve Wells. A estréia de Andrew Peters me cativou pelo envolvimento do tema natureza, expondo um futuro onde os humanos viveriam em árvores. Mostrando seus recursos naturais, brigas pela proteção e afins. Fatores que sempre demonstram destaques em diversos enredos, deixando sempre uma mensagem ao leitor.

Por outro lado, fico muito constrangido em dizer que durante a leitura, me senti entediado em diversas partes, não presenciando toda a dinâmica na escrita do autor ao narrar, senti como se ele estivesse enrolando, deixando algumas passagens desnecessárias dentro da história. Fatores que cansam o leitor, deixando a leitura entediante. Confesso que os personagens deveriam ser mais caracterizados e dinâmicos.

Arktorious Malikum  ou Ark, um garoto de quatorze anos, pobre, morador de Arborium e encanador. Ele tem a tarefa de limpar os encanamentos sujos dos habitantes. Em um futuro muito distante, uma cientista acreditava que para salvar os recursos naturais, a sociedade e a civilização deveriam apostar nas árvores. Depois de algumas pesquisas e realizações, alguns anos veio nascer Arborium. Um país suspenso no alto das útimas árvores que restaram. Os moradores de Arborium não sabem o que aconteceu com o resto do mundo e, nem fazem questão de descobrir pela adaptação nas árvores.

A cidade é muito bem construída, com suas grandes vias nas copas das árvores, o país é governado pelo rei Quercus. Só as crianças ricas têm condições melhores de continuar estudando e terem uma vida digna. Tudo parecia normal, até que Ark ao desentupir o encanamento de Grasp, conselheiro do reino de Quercus, acabou escutando uma conversa do conselheiro com uma mulher desconhecida, iniciando uma corrida contra o tempo. O problema é que a mulher, enviada de um reino abaixo das árvores, ou o que restou da terra, chamada de Maw (império de vidro). Nosso protagonista logo assimila que o resultado poderia acabar com Arborium e com o reinado de Quercus, por estar correndo risco de vida, sua tarefa é chegar ao rei e revelar a traição do conselheiro. Como nada é tão fácil, Petrônio, filho de Grasp, é seu conhecido nos tempos de colégio, pela inveja que ele toma de Ark, fará de tudo para impedir que o garoto chegue ao seu objetivo. No meio de todos os problemas, Ark com a ajuda de Mucum, agora seu melhor amigo, vão passar por lugares estranhos, apertos que nunca imaginaram que iriam acontecer.

A premissa do enredo pode-se resumir em um garoto que estava no lugar errado e na hora errada, começando uma corrida contra o tempo para proteger Arborium. O único problema. é que o garoto é pobre e, não será ouvido facilmente como deseja. Andrew Peters, ao escrever o enredo sempre sonhou em criar sua história em cima das árvores, contou com ajudas, discussões de pessoas que o cercavam para construção de todos os personagens. Vocês devem estar perguntando onde entra A Floresta dos Corvos? Primeiro, devo acrescentar o fato do autor unir uma deusa reverenciada  pelos nossos “dendrianos” – Diana. Também citamos a deusa- Corvena – deusa dos corvos. Responsável em revelar grandes segredos ao nosso herói quanto ao seu passado. A análise do autor foi válida ao destacar personagens cativantes, amarras que sustentam cada momento escrito, os temas dos capítulos fazem amarras aos acontecimentos. A Floresta dos Corvos foi outro cenário importante pela mitologia criada ao enredo, momentos vívidos por Ark, preparando para uma batalha árdua. Como comentado acima, do mesmo modo que parece cativante, é cansativo, seja pela leitura mais jovem, ou pelas passagens e descrições que enrolaram os acontecimentos. Não me senti preso, fiquei em tempo de desistir da leitura pela demora que tive para finalizar o livro.

Os recursos naturais tiveram foco durante a leitura, quando o autor destaca “os exploradores das raízes” ligando a seres que vivem nos troncos, raízes das árvores. Um outro ponto de destaque foi guardiã Goodwoody, por sempre acreditar na deusa dos Corvos, abençoando e ajudando em conselhos à família Malikum, principalmente ao jovem Ark. A força da preservação é muito bem destacada, na realidade que vivemos, esquecemos a importância da preservação e como ela influência o nosso dia- a- dia. Por ser uma série, o final ainda deixa muitas perguntas, algumas partes sem respostas, curiosidades incompletas, acredito que possam ser sanadas nos próximos livros.

A editora Intrínseca, se destacou novamente na diagramação em folhas amarelas. A tradução é de Raquel Zampil, não apresentando erros  visíveis durante a leitura. Um grande problema, que pode ser outro fator de crítica foi o destaque no título; “Floresta dos Corvos” na capa. A umidade nas mãos ou o encostar das unhas fez todo o papel meio laminado (como encontramos na primeira versão de Harry Potter) sair. A borda da minha edição, como tenho costume de colocar na mochila para ler em outros lugares, saiu algumas partes com muita facilidade. Fiquei muito chateado com o ocorrido, sempre empresto meus livros para outras pessoas da família. Pensei logo comigo: “emprestar Floresta dos Corvos, é retornar com uma capa sem nome. ”

Ainda aconselho a leitura do livro. Se você ficou interessado, até mesmo para debater comigo envolta de minha análise, corra para uma livraria mais próxima e adquira seu exemplar. Enquanto esperamos o próximo lançamento da série no Brasil.

“Ark lembrou-se dos contos de fada de sua infância. O oeste era onde o sol descansava a cabeça. Se você não fizesse suas preces, o sono o traria para cá, para a terra dos pesadelos. Era uma vez uma floresta para a qual os Corvos voltavam à noite. Um lugar de árvores retorcidas, governado por uma rainha sombria. A Floresta dos Corvos.”

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

12 thoughts on “Resenha: Floresta dos Corvos, por Andrew Peters

  • Não gostei da sinopse do livro e a resenha acabou com a chance da leitura.É aquela coisa de hora certa no lugar errado, blábláblá.O que chama a atenção é a natureza, moradia na árvore e todos os cuidados pra preservá-la.

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  • Clara

    Bom não gostei da sinopse, e também acho que esse livro parece meio entediante

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  • Tanto a sinopse como a capa (muito linda) me chamaram a atenção e mesmo com a resenha mostrando certos pontos negativos, ainda não foi o suficiente para me fazer desistir do livro, mas confesso que diminui um pouco as minhas expectativas (o que de certa forma é bom, diminui as chances de decepção). Vou ler o livro e tirar as minhas próprias conclusões, ter a minha própria opinião.

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  • Bom, nao parece ser o melhor livro de todos os tempos, mas tb não é o pior… Parece que tem potencial, mas ainda nao chegou la… quem sabe melhore com os proximos…
    Eu tive oportunidade de ver esse livro numa livraria e achei a capa lindissima tb. Do jeito que sou, compraria só por ela rsrsrs

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  • João Victor

    Oi ..

    Hum .. A capa do livro é legal, isso é evidente. Porém, o enredo em si não me chama muito a atenção, apesar de parecer interessante. Acho bacana o autor explorar assuntos como “recursos naturais”, mais talvez ele tenha se distanciado de seu objetivo principal né? =/

    Enfim, acho válido a proposta de comprar um exemplar e tirar as próprias conclusões. Será interessante, rs.

    Ótima resenha!

    João Victor – Amigo do Livro
    http://amigodolivro.blogspot.com.br/

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  • Karolyne Oliveira

    EU tinha gostado da capa e da sinopse, mas agora desanimei… Não é qualquer fantasia que me agrada, e agora a curiosidade passou… =(

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  • Gladys Sena

    Essa temática não faz parte do meu gosto literário.

    Boa resenha!

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  • Paula Camargo

    Quando vi o título do livro e a capa me animei,mas os pontos negativos que você colocou,realmente é algo relevante. Acho que temos que pensar na praticidade,não adianta fazer uma capa linda,maravilhosa e depois acontecer isso,de apagar o nome :/ ! É horrível essa sensação!

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  • André

    Isso é algo irritante na Intrínseca. O papel laminado se desgasta com muita facilidade. Meu “A Batalha do Labirinto” não tem mais título!
    Não gosto de criticar um livro antes de lê-lo, mas você apontou pontos que realmente me desagradam em uma história. Esse “tédio” foi sentido muito por mim em “Assassin’s Creed: A Cruzada Secreta”. Os capítulos anteriores a segunda parte são simplesmente chatos.
    Algo de positivo é essa coisa de um mundo em que as pessoas vivem nas árvores, achei bem diferente. Mas essa de mundo destruído, pessoas “más” de terras em que ninguém pode ir… meio batido, não?

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  • barbara

    a resenha esta muito boa, fiquei curiosa a respeito do livro

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