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Livro | Mas tem que ser mesmo para sempre? – Sophie Kinsella

Nome do livro: Mas tem que ser mesmo para sempre?
Nome Original:
Surprise Me
Autor(a):
Sophie Kinsella
Tradução:
Raquel Zampil
Editora:
Grupo Editorial Record
ISBN:
9788501113535
Ano:
2018
Nota:
5/5
Páginas:
378
Compre o livro:
ebook/físico

De uma forma divertida, Sophie Kinsella nos mostra que as pessoas que mais conhecemos são aquelas que também mais podem nos surpreender.

Juntos há dez anos, Sylvie e Dan compartilham todas as características de uma vida feliz: uma bela casa, bons empregos, duas filhas lindas, além de um relacionamento tão simbiótico que eles nem chegam a completar suas frases – um sempre termina a fala do outro.

No entanto, quando os dois vão ao médico um dia, ouvem que sua saúde é tão boa que provavelmente vão viver mais uns 68 anos juntos… e é aí que o pânico se instala. Eles nunca imaginaram que o “até que a morte nos separe” pudesse significar sete décadas de convivência. Em nome da sobrevivência do casamento, eles rapidamente bolam um plano para manter acesa a chama da paixão: de um jeito criativo e dinâmico, passam a fazer pequenas surpresas mútuas, a fim de que seus anos (extras) juntos nunca se tornem um tédio.

Porém, assim que o Projeto Surpresa é colocado em prática, contratempos acontecem e segredos vêm à tona, o que ameaça sua relação aparentemente inabalável. Quando um escândalo do passado é revelado e algumas importantes verdades não ditas são questionadas, os dois – que antes tinhas certeza de se conhecerem melhor do que ninguém – começam a se perguntar: Quem é essa pessoa de verdade?…”.

Um livro espirituoso e emocionante que esmiúça os meandros do casamento e que demonstra como aqueles que amamos e achamos que conhecemos muito bem são os que mais podem nos surpreender.

Sylvie e seu marido Dan tem uma vida perfeita, seguem a linha da família de uma propaganda de margarina. São felizes, bem-sucedidos, tem filhas gêmeas fofas e tudo aquilo que qualquer mero mortal desejaria. Quando eles vão a um médico para fazer exames de rotina uma revelação é dada pelo doutor: eles teriam mais sessenta e oito anos. Portanto, ambos viveriam mais sessenta e oito anos JUNTOS! O choque é instalado e eles mal reagem após essa notícia.

Para aproveitar os bons muitos anos juntos Sylvie e Dan decidem fazer surpresas um para o outro, no intuito de sair da rotina e tentar coisas novas, pois eles tem mais sessenta e oito anos juntos. O que poderia dar errado nessa simples ideia? Desencontros, competição, desconfiança e… uma crise matrimonial. O que era para aumentar o fogo do amor entre os dois, está mais para incendiar a relação onde sobrará apenas cinzas.

Minha primeira experiência com um livro da Sophie Kinsella foi com Minha vida (não) tão perfeita, lançado em 2017. Foi uma leitura boa, mas algo que esperava mais, isso mesmo a danada da expectativa estava lá no alto e ela caiu… não, despencou. Quando anunciaram o lançamento de Surprise Me, o que transformou para Mas tem que ser mesmo para sempre? Fiquei muito ansioso para conferir mais uma história da autora. Não preciso dizer que as expectativas voltaram a ficar lá no alto, né? Pois bem, elas foram correspondidas. Amei esse livro!

Sylvie está na casa dos trinta e tem uma vida londrina perfeita. Tem filhas lindas, e gêmeas ainda por cima. Um marido que a ama, um bom trabalho, e uma excelente saúde. Excelente acho que é pouco, pois ela tem uma expectativa de vida, segundo o médico, de mais sessenta e oito anos. Haja vida, não é mesmo? Para ela fugir da mesmice, junto com o marido decidem fazer uma brincadeira de surpreender o outro. Para quem é leitor de Kinsella sabe aonde isso vai dar: muitas situações engraçadas, vergonhosas e sem noção.

“Se amar é fácil, então você não está amando direito.”

Não sou o tipo de leitor que ri externamente, normalmente tenho crise de riso por dentro mesmo. Porém, com esse livro tive bons momentos de risadas dentro do ônibus e na escada do meu trabalho. A autora traz consigo uma excelente forma de colocar situações das mais vergonhosas e inusitadas para suas personagens vivenciarem.

A escrita de Kinsella é fascinante. Ela consegue realmente relatar situações da mulher moderna em meio a boas risadas, diálogos hilários e um processo de amadurecimento gradativo. As duas personagens que já li da autora começam de maneira rasa e sem direção, mas aos poucos elas vão encontrando seu lugar e daí pra frente é um processo de autodescoberta e amadurecimento que sentimos orgulho de acompanhar a trajetória.

A forma em que a autora desenvolveu o casamento da protagonista foi crua e nua. Foi elucidado no início o casal perfeito, a ilusão em que não tinham problemas e sujeira debaixo do tapete. Porém, numa situação tudo é mostrado às claras e fica nítido para nós que nenhum casal é perfeito, nenhum casamento é feito de rosas, pois os espinhos constantemente estão ali prontos a espetar, machucar e até mesmo sangrar.

“… Sylvie, o luto é algo demorado, confuso e terrível… mas não é uma doença. E você enfrenta como pode. Não existe uma forma “certa” para isso.”

Para os fãs de chick-lit, esse é uma ótima recomendação. Um trama que trará reflexões sobre casamento, novas chances, perdão e processos que a vida nos impõe que são naturais e ao vivê-los conseguimos amadurecer e ver o mundo de outra forma. Com uma leitura fluida e envolvente, Sophie Kinsella nos presenteia com mais uma narrativa que irá conquistar o leitor do início ao fim. Aliás, achei propício e compreendo o título do livro traduzido para o português, pois na leitura começamos a perceber a intenção de colocá-lo assim. Mas ainda gosto do título Surpreenda-me (rs).

Jornalista como profissão e bookaholic por prazer. Amo livros, especialmente os New Adults. Sou viciado em séries, mas sempre paro pela metade para começar outras. Aerosmith, Bom Jovi e todas essas bandas antigas são minhas preferidas. Aliás, sou extremamente nostálgico.

Resenha também postada no blog Eu Conto Depois.

Luke

Jornalista como profissão e bookaholic por prazer. Amo livros, especialmente os New Adults. Sou viciado em séries, mas sempre paro pela metade para começar outras. Aerosmith, Bom Jovi e todas essas bandas antigas são minhas preferidas. Aliás, sou extremamente nostálgico.

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