Resenhas

Resenha: Um Motim no Tempo, por James Dashner

UM_MOTIM_NO_TEMPO_1363484534PNome do Livro: Um Motim no Tempo
Nome Original: A Mutiny in Time
Série: Infinity Ring #01
Autor(a): James Dashner
Tradução: Alexandre Boide
ISBN: 9788565765114
Páginas: 248
Editora: Seguinte
Ano: 2013
Avaliação: 5/5 + bônus
Onde comprar: Compare Preços

Quando os melhores amigos Dak Smyth e Sera Froste descobrem o segredo da viagem no tempo – um dispositivo portátil conhecido como Anel do Infinito -, eles acabam envolvidos numa guerra secreta que existe há muitos séculos e decidirá o futuro da humanidade. Recrutados pelos Guardiões da História, uma sociedade secreta que existe desde Aristóteles, as crianças descobrem que a história havia saído desastrosamente de seu curso natural. Agora, Dak, Sera e Riq, o jovem guardião em treinamento, devem voltar no tempo para corrigir as Grandes Fraturas – e, no caminho, ainda salvar os pais de Dak. A primeira parada é na Espanha de 1492, quando um navegador chamado Cristóvão Colombo está prestes a ser lançado ao mar, durante um motim terrível.

Depois de acompanhar a série The 39 Clues, apresentando à aventura pelas 39 pistas pelos personagens Amy e Dan Cahill que hoje seguem sua segunda fase e uma terceira em breve. Fiquei curioso quando divulgado no exterior uma nova série com outros autores famosos, seguindo os mesmos moldes de The 39 Clues pela narração de cada livro ser apresentada por um autor. O enredo mexeu com minha atenção logo no início, falar de viagem no tempo  foi algo que renderia muitos títulos para série e quem sabe uma nova fase. Quando divulgado pela editora Seguinte, selo da Companhia das Letras que eles iriam publicar no Brasil, veio o amor à primeira vista. Você só começa a entender as diferenças de uma série com a outra, quando finaliza o primeiro livro e tenta montar diferenças dentro do enredo. Aqui, iremos ser apresentados para Dak Smyth e Sera Froste, um é considerado como gênio da história e a outra como gênio na química.

Mesmo por apresentar comparações próximas, ambas serem da mesma editora americana- a Scholastic, Infinity Ring trouxe uma roupagem nova, uma grande viagem no tempo. O tema poderia ter até dado errado nas mãos de James Dashner, mas seu cuidado e junções para iniciar toda trama e não se perder no tempo foi algo que valeu/vale e pena. No enredo, iremos conhecer uma Terra diferente da que conhecemos,  uma sociedade existente desde os primórdios, governada pela SQ–  um governo que está detendo todo o poder para dominar o mundo. Sua sede é tão grande que está abrindo diversas fraturas no tempo que podem alterar toda a história. Quando Dak e Sera descobrem no laboratório dos pais do garoto um dispositivo chamado: Anel do Infinito, que possibilita a viagem no tempo, os dois devem embarcar em uma viagem  para tentar corrigir essas fraturas e retornar para o presente antes que seja tarde demais. Consertar os erros feitos pela SQ não será uma tarefa fácil, ainda mais quando os erros repercutam  com os fatos ocorridos que não deveriam ter realmente ocorridos.

 “- O Anel do Infinito é um dispositivo que permite a viagem no tempo – ela disse com a maior tranquilidade possível. – E eu sei qual é a peça faltante. Descobri como fazê-lo funcionar.”

Convocados pelos Guardiões da História – um grupo secreto desde  a época de Aristóteles, após o desaparecimento dos pais do garoto, os dois jovens deverão usar suas qualidades e conhecimentos para  cumprir com suas metas. Para piorar a situação, Sera começou a ter Reminescências– sentimentos que algumas pessoas não conseguem explicar os motivos, somente a falta que algo ou alguém pode fazer, uma espécie de vazio de um sentimento ou algo sem explicação. Um grande jogo que nossos heróis vão encarar para salvar o mundo antes que a SQ e os Guardiões do Tempo assumam o poder.

“- Somos membros de um grupo chamado Guardiões da História – começou ele – Vocês provavelmente nunca ouviram falar de nós, mas nossa organização remonta a muitos, muitos séculos atrás. Ela foi fundada pelo grande filósofo Aristóteles do ano 336 antes de Cristo. Nossa atividade se mantém desde então, orientada pelo objetivo comum de um dia salvar o mundo de um desastre que apenas um visionário como Aristóteles poderia ter previsto. E hoje vocês nos proporcionaram o maior acontecimento desde que ele fez sua previsão: A viagem no tempo.”

James Dashner apresenta um enredo novo, mesmo que possa parecer clichê em alguns momentos, torna a leitura gostosa e ágil. Como acontece em The 39 Clues, em Infinity Ring também somos levados para uma grande aula de história, iniciando pela Espanha de 1492,  ano que saíram os navios para o descobrimento da América, ao lado dos irmãos Amâncio e Cristovão Colombo. Como a outra série, novamente os livros podem ser apresentados em sala de aula para propósitos interdisciplinares pelos professores ou até mesmo em casa pelos pais. Enquanto Dan Cahill é guiado pelo seu lado gênio em gravar e memorizar coisas, Dak é um gênio na história, uma espécie que classifico de CDF. Pelo outro lado, Amy Cahill, leva o contexto de Dak na parte história, ficando sem comparação a Sera, que classificaria “talvez” com a tia Grace Cahill de The 39 Clues seu lado voltado para química. Fora isso, o lado sarcástico dos personagens também são vistos nesta série, quando somos apresentados ao Riq,– um guardião em treinamento que seguirá com nossos personagens principais.

O livro é muito rápido e gostoso de ser lido. O início é meio cansativo, até mesmo para o autor se situar. Depois vai ganhando combustão e quando queremos mais, ele acabou. Como sempre, o final é de deixar água na boca para sua sequência em Dividir e Conquistar, escrito pela autora Carrie Ryan com previsão para Julho pela editora Seguinte.

A editora fez um trabalho incrível de diagramação, a capa fiel ao livro original, folhas amareladas deixam nossa visão pronta para leitura noturna. A tradução de Alexandre Boide foi muito bem feita, não encontrei erros visíveis e senti falta dos extras que estão na versão original e não foi apresentado na versão brasileira. Fora isso, a editora Seguinte mostrou o seu potencial e pode seguir sem medo para os próximos livros da série.

Uma leitura bastante indicada para aquele momento calmo de um final de semana. Você leitor não vai se arrepender!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

6 thoughts on “Resenha: Um Motim no Tempo, por James Dashner

  • Lucas Goulart Duarte

    Muito bom! Gosto quando reinventam uma história 🙂 muito interessante.
    Já estava na minha lista, mas com sua resenha lerei o mais rapido possivel!

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  • Cibele Santos

    Linda capa quando li a resenha super interessante…….

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  • barbara

    muito bonita mesmo, um luxo chiq demais, tem uma narrativa incrivel

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  • Gabriella Alvim

    Parece ser um livro bem interessante, vou procurar saber mais sobre ele ^^

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  • Acho legal a editora ter dois autores escrevendo livros parecidos mas não iguais, usando uma nova roupagem e pelo que li de sua resenha vocÊ gostou, eu não li o outro livro então não sei bem o que esperar, mas quem sabe eu ainda leia.
    Sua resenha ficou muito boa, beijos.

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  • Quero ler!!! Já li os livros 1 e 2 da série The 39 Clues e adoro.
    Sua resenha só me deixou com mais vontade ainda. PArabéns!

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