Crítica “A Noite do Jogo”
A Noite do Jogo (Game Night, 2018)
Diretores: John Francis Daley, Jonathan Goldstein
Elenco: Jason Bateman; Rachel McAdams; Kyle Chandler; Lamorne Morrise; Sharon Horgan; Billy Magnussen; Kylie Bunbury; Michael C. Hall; Danny Huston; Jeffrey Wright
Roteiro: Mark Perez
Diretor de Fotografia: Barry Peterson
Montagem: David Egan, Jamie Gross, Gregory Plotkin
“A noite do Jogo” é uma comédia adulta, bem humorada, que não apela para vulgaridade. O filme começa como uma comédia romântica sobre casal Annie (Rachel McAdams) e Max (Jason Bateman) que enfrentam problemas de fertilidade, mas rapidamente se transforma em uma comedia de ação com a chegada de Brooks (Kyle Chandler) irmão mais velho e bem sucedido de Max.
Annie e Max são fanáticos por jogos de tabuleiros e semanalmente organizam uma noite de jogo com seus amigos. Entre os amigos estão o casal Kevin (Lamlo Morris) e Michelle (Kylie Bunbury) que vivem um conflito divertido; Ryan (Billy Magnussen) que namora modelos do Instagram, mas que decide levar Sarah (Sharon Horgan) sua comum e normal colega de trabalho para o jogo e o vizinho Gary (Jesse Plemons), um policial recém divorciado e socialmente desajeitado.
Mas algo dá muito errado nessa tal noite de jogos. Ele contrata uma empresa para encenar um misterioso sequestro que seus amigos terão que resolver. Mas sequestradores reais levam Brooks, antes dos atores contratados aparecerem. Agora compete a e Max e Annie lideram esforços para trazê-lo para casa em segurança.
O roteiro de Mark Perez reverencia a Cultura Pop. Um exemplo é quando os personagens de McAdams e Bateman repetem o diálogo do casal de assaltantes de “Pulp Fiction”. Outro exemplo é a aparição do ator Jeffrey Wright (Bernard da serie Westworld) como um desajeitado e insatisfeito integrante do misterioso sequestro. Perez também soube trabalhar de forma coesa e bem equilibrada os gêneros de comedia e ação mostrando ao público um humor afiado e sagas fazendo uma intrincada teia de segredos, mentiras, crimes e ovos Fabergè.
O elenco principal soube aproveitar ao máximo o material de seus personagens que foram bem construídas e desenvolvidas. Tanto os personagens principais quanto secundários estão bem entrosados. McAdams e Bateman têm muita química, o que contribui para empática de suas personagens. Dessa dupla o destaque vai para Rachel que está muito confortável e convincente no corpo de Annie.
Os diretores John Francis Daley e Jonathan Goldstein fazem um uso inventivo e criativo da câmera com boas tomadas. Em alguns momentos optam pra uma luz mais sombria para contrastar com as situações cômicas vivida por seus personagens. Os diretores ao longo do filme mantêm um tom positivo como as risadas fluindo em um ritmo constante.
A Noite do Jogo é um filme divertido que funciona bem como um hibrido de comedia de romântica e de ação.
Assista aqui ao trailer:
Adorei a ideia desse filme, começando com um romance que logo vira ação me parece ser feito para prender nossa atenção e ser até mesmo engraçado em algumas partes. Achei genial essa jogada de ter uma noite com jogos e colocar ai o momento de maior tensão (sequestro). Imagina levar seus amigos para uma suposta brincadeira, ser sequestrado e seus amigos acharem que tudo faz parte do jogo ? nervoso só de pensar kkk. Quero muito assistir.
Ola Luana! Essa ideia do filme é bem inventiva mesmo. Ter como pano de fundo uma noite de jogos pega o espectador pelo lado emocional, quem nunca brincou ao menos uma vez de jogo da vida ou mimica. Adicione a isso o enigma do sequestro você terá um ótimo filme de ação com doses de comedia. Bom Filme.
Confesso que o que me um dos pontos que me prendo na sua resenha foi o fato de ver que é uma comédia adulta que não apela pra vulgaridade. Geralmente, em comédias, os roteiristas tendem a criar situações que beiram ao ridículo e o caricato que pode até despertar o riso, mais deixa o filme bobo demais. Entende? Fiquei bem feliz em ver que isso não acontece com A noite do jogo.
Beijos