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Crítica do Filme “Meu Malvado Favorito 3”

Nos anos 1980, Balthazar Bratt fazia muito sucesso através de sua série de TV, onde interpretava um vilão chamado EvilBratt. Entretanto, o tempo passou, ele cresceu, a voz mudou e a fama se foi. Com a série cancelada, Balthazar tornou-se uma pessoa vingativa que, nas décadas seguintes, planejou seu retorno triunfal como vingança. Gru e Lucy são chamados para enfrentá-lo logo em sua reaparição, mas acabam sendo demitidos por não terem conseguido capturá-lo. Gru então descobre que possui um irmão gêmeo, Dru, e parte com a família para encontrá-lo no país em que vive.

 

Uma família não convencional, um gêmeo perdido e um vilão oitentista são os elementos que compõe o terceiro filme da franquia “Meu Malvado Favorito” (Despicable Me). Retomando o clima do primeiro filme (Meu Malvado Favorito, 2010) acompanhamos as aventuras de Gru (dublado por Leandro Hassum) e sua família ao cruzar o oceano para encontrar seu irmão, até então desconhecido e sua missão em salvar o mundo de Balthazar Bratt (dublado por Evandro Mesquita) um ex-ator mirim e astro, que após ser dispensado por Hollywood ao entrar na puberdade, se rebela e passa a crer que deve levar sua personagem para além das telas, e se transforma em um dos vilões mais procurados do planeta.

 

Meu Malvado Favorito 3 : Foto

 

A sequência de abertura já ganha os espectadores ao mostrar a primeira investida de Evil Bratt de roubar o diamante rosa (uma referência ao Pink Panther Diamond da série de filmes Pantera Cor-de-Rosa) acontecendo ao som de Bad de Michael Jackson. O vilão é todo composto por elementos dos anos oitenta: o corte de cabelo mullets; sua roupa roxa de ombreiras (referência ao terno púrpuro de Prince no filme Purple Rain); sua arma, uma goma de mascar rosa que espalha como uma febre da moda; seus gestos que são idênticos as principais danças da época.

 

Meu Malvado Favorito 3 : Foto

 

Gru e Lucy neste filme formam um casal de heróis fofo, apaixonado e superarticulado em combater o mal, mas ao não conseguir capturar Evil Bratt, são demitidos da agência e, então entram em um período de preocupações, pois não sabem ainda como sustentarão a família. Gru não quer voltar a vilania e, isso abala o relacionamento dele com os Minions, que vão embora, após uma discussão com seu mestre. Se não bastassem tantas novidades, eis que surge a maior delas, o pai de Gru, acabou de falecer e, seu irmão gêmeo, Dru, quer conhecê-lo.

 

Meu Malvado Favorito 3 : Foto

 

Eis que toda a família, parte para uma pequena cidade na Europa em busca de uma parte desconhecida da história do ex-vilão. Enquanto isso, Bratt arma um plano e consegue roubar o maior diamante do mundo para concluir seu plano final, destruir a cidade de Hollywood que o levou ao desconhecimento ao cancelar seu programa de TV. O que Gru não espera é encontrar a história de uma família com uma tradição em vilanias e, um irmão com um desejo intenso de manter essa tradição. Com esse encontro, os gêmeos se divertem, ao descobrir suas diferenças e trocar experiências de vidas tão distintas. Lucy e as meninas se aproximam mais e ela tem a oportunidade de aprender a ser mãe.

 

Meu Malvado Favorito 3 : Foto

 

O longa-metragem, como seus antecessores, continua abordando valores relacionados a família, amizade, confiança e respeito. A direção de Eric Guillon (diretor de arte de Meu Malvado Favorito, 2010) e Kyle Balda(co-diretor de Lorax, 2012 e diretor de Minions, 2015) associada ao roteiro de Cinco Paulo e Ken Daurio (roteiristas dos longas anteriores) mantém a magia das aventuras vividas por uma família diferente das famílias convencionais dos desenhos infantis. O filme é uma daquelas delícias de assistir e sair do cinema cantando e sorrindo. Apreciem a trilha sonora e o visual todo inspirado em filmes e séries dos anos 80, e para as sequências dos Minions na prisão, com direito a tatuagens, brigas de gangue, rebelião e fuga planejada.

 

Nota: 4/5

 

Yasmine Evaristo

Artista visual, desenhista, eterna estudante. Feita de mau humor, memes e pelos de gatos, ama zumbis, filmes do Tarantino e bacon. Devota da santíssima Trindade Tarkovski-Kubrick-Lynch, sempre é corrompida por qualquer filme trash ou do Nicolas Cage.

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