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Crítica “Egon Schiele – Morte e a Donzela”

Egon Schiele – Morte e a Donzela (Egon Schiele: Tod und Mädchen, 2016)

Diretor: Dieter Berner
Roteiristas: Hilde Berger e Dieter Berner
Elenco: Noah Saavedra, Maresi Riegner, Valerie Pachner, Larissa Aimee Breidbach, Marie Jung

Jovem, talentoso, sedutor. Egon Schiele é um dos artistas mais provocativos de Viena no início do século XX. Sua vida e obra são impulsionados pelas mulheres que o cercam: Gerti, sua irmã e primeira musa. E Wally, seu grande amor de apenas 17 anos, imortalizada na famosa pintura “Morte e a Donzela”. Com seu estilo radical, Egon atrai artistas ousados como Gustav Klimt, mas causa um escândalo na sociedade local. Para defender sua arte, ele está disposto a sacrificar seu amor. E até sua vida.

O polêmico artista plástico Egon Schiele, volta as telas de cinema, em “Egon Schiele – Morte e a Donzela” novo filme do diretor Dieter Berner, interpretado por Noah Saavedra. Anteriormente sua história já havia sido contada em “Excesso e Punição” (1981) de Erebert Vesseley.

O artista austríaco, ganhou nome no fervilhar do fim das Primeira Guerra Mundial, com seus desenhos eróticos e as várias polêmicas nas quais se envolveu. Disposto a manter seu estilo de arte sua vida foi permeada de confusões como as acusações de pedofilia pois a maior parte de suas modelos, incluindo sua irmã, eram adolescentes na faixa dos 12 – 17 anos. Entre seus colegas de trabalho, também existiam alguns desafetos, sendo ele chamado de bisbilhoteiro e mentiroso por alguns do seu convívio. Isso tudo se dá a uma personalidade marcada por excessos e comportamento ardiloso ao buscar seu reconhecimento no meio das artes plásticas.

Schiele vivia com sua irmã, Gerturde – ou Gertie como era chamada carinhosamente pelos mais íntimos -, e ela era sua principal modelo. Eles tinham uma relação muito íntima e o filme trabalha isso de maneira a evidenciar que existia entre eles um amor romântico. A atriz que interpreta a irmã, Maresi Riegner, expressa bem em sua postura o ciúmes que Gertie tinha a cada aproximação de outra mulher de seu irmão. Como complemento Saavedra também Mesmo assim, ela foi fiel a Schiele até a sua morte, admirando-o e apoiando-o.

A cinebiografia, apresenta os fatos históricos e a vida de Egon, de maneira objetiva e encantadora. Tudo no filme parece ter sido milimetricamente pensado para não dar errado. Isso não é um problema e sim uma escolha de como executar a obra. Uma obra feita para se conhecer mais do artista de maneira didática e eficiente.

Nota: 3/5

Assista ao trailer aqui:

Yasmine Evaristo

Artista visual, desenhista, eterna estudante. Feita de mau humor, memes e pelos de gatos, ama zumbis, filmes do Tarantino e bacon. Devota da santíssima Trindade Tarkovski-Kubrick-Lynch, sempre é corrompida por qualquer filme trash ou do Nicolas Cage.

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