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Livro: O Escorregador de Gelo – Lemony Snicket (Desventuras em Série #10)

Título: O Escorregador de Gelo
Título original: The Slippery Slope 
Autor: Lemony Snicket
Tradutor: Ricardo Gouveia 
Ano do lançamento da edição: 2016
Série: Desventuras em Série #10
Páginas: 280
Editora: Seguinte
Onde Comprar: Amazon

Por mais azarados que sejam, até agora os órfãos Baudelaire pelo menos sempre estiveram juntos. Pois neste livro décimo a tragédia é ainda maior: separados do bebê Sunny, Klaus e Violet são obrigados a descer uma montanha escorregadia, enquanto tentam salvar a irmã mais nova das garras do temível conde Olaf. Será que os Baudelaire finalmente descobrirão o significado da sigla C.S.C.? Será que, desta vez, o final será feliz? É provável que não. Como sempre, a história está repleta de mistérios e mensagens secretas, situações absurdas, desgraça e mal-estar para todos – menos para o leitor, é claro. Mas quem gosta de alegria não deve nem abrir este livro, avisa o autor, pois a vida dos Baudelaire é sempre uma desventura pior do que a outra. 

Chegamos ao décimo livro de nossas desventuras ao lado dos órfãos Baudelaire. Após eles conseguirem fugir do trailer que descia rapidamente após o Conde Olaf ter autorizado seus ajudantes a cortar a corda desmascarando os disfarces de Klaus e Violet que ia montanha abaixo, eles conseguem se safar sãos e salvos. Eles acabam subindo a montanha a pé, carregando poucos materiais que conseguiram salvar dentro do trailer. Logo no início eles são abordados pelos mosquitos da neve, que acabam picando sem motivo aparente, na fulga eles acabam sendo enviados para uma caverna. Encontrando aqui os Escoteiros da Neve, liderados por Bruce, escalam as Montanhas de Mão-Morta para comemorar todos os anos a Falsa Primavera, coroando uma menina como princesa.

É nesse momento que somos assombrados novamente por Carmelita Sparks, a desagradável garota que conhecemos no quinto volume da série, Inferno no Colégio Interno. O mais engraçado de tudo isso, ela é sobrinha do tio Bruce autodenominando como a Rainha da Primavera. No mesmo grupo, somos pegos por um jovem de suéter meio que misterioso, sem saber a sua fisionomia ele se diz saber sobre C.S.C. Quando ao cair da noite, ele guia Violet e Klaus para uma espécie de chaminé dentro da montanha proposital onde acabam chegando a base secreta, o esconderijo que estavam procurando, já que Sunny se encontra nas mãos do Conde Olaf ao lado de Esmé.

Sunny é feita de refém, dessa forma deve trabalhar para o Conde e seus capangas cozinhando. Aqui também podemos ver que ela não é mais uma bebê, um grande salto do autor. Graças a ela conhecemos também mais dois personagens que possuem uma aura meio que ameaçadora, A Mulher com Cabelo mas sem Barba e o Homem com Barba mas sem Cabelo,deixando até nosso vilão cruel meio que sem jeito. Aos poucos vamos conhecendo quem realmente são eles, desde a cisão da organização. Eles antes de chegar ao local tinham queimado toda a base de C.S.C e parabenizam o Conde por ter queimado todo o parque Caligari. Eles ainda acabam entregando o Dossiê Snicket, sobrando pegar o famoso açucareiro que ainda pode incriminar os vilões. 

O rapaz de suéter é revelado! Não irei entrar em detalhe quem seja, mas uma peça importante no meio de muitas perguntas. Se eu falasse algo, poderia ser spoiler. Fora que os segredos começam a se fechar, mas em se tratando das desventuras, nada termina bem. Aqui temos uma grande cisão do Conde Olaf com sua trupe, alguns a deixam. Conhecemos mais sobre o que seria a C.S.C. e os motivos de tanto segredo, até mesmo como os vilões sabem tanto, os motivo de querer destruí-la, fora os motivos de botar tanto fogo. E como fica os órfãos? E os Quigmire?

Há uma grande evolução nessa aventura, como tinha mencionado Sunny não considera mais bebê. Violet está perto de completar aniversário, e temos também o aniversário de Klaus. O final é de tirar o fôlego porque quando acreditamos que os Baudelaire saíram na frente. Eis que o misterioso novo personagem acaba se dividindo deles. Ficam novamente sozinhos!

A editora Seguinte continua com a mesma diagramação, coesão do livro. A tradução não houve mudanças. O livro muito bem revisado e preparado.

Não tenho mais do que acrescentar. Qualquer detalhe nos momentos finais dessas desventuras poderia estragar você de ler e juntar as peças. Somente fico intrigado e passo logo para o volume seguinte para sanar dúvidas que o livro sempre deixa. Volto logo com o próximo volume!

Livros anteriores:

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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