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Livro | Vejo você no espaço por Jack Cheng

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Ficha Técnica
Título original:  See you in the Cosmos
Páginas: 288
Acabamento: Brochura
Lançamento: 2017
ISBN: 9788551002674
Selo: Intrínseca
Nota: 4/5

Alex tem onze anos e adora o espaço sideral, foguetes, sua família e seu cachorro, Carl Sagan – uma homenagem a seu maior herói, o astrônomo autor de Cosmos e Pálido ponto azul. A missão de vida de Alex é enviar seu iPod dourado para o espaço, do mesmo jeito que Sagan (o cientista, não o cachorro) enviou os Discos de Ouro nas sondas Voyager, em 1977, com sons e imagens da Terra, a fim de mostrar aos extraterrestres como é a vida no nosso planeta. Por isso, Alex constrói um foguete. E por isso ele viaja do Colorado ao Novo México, de Las Vegas a Los Angeles, gravando tudo o que acontece pelo caminho. Ele encontra pessoas incríveis, gentis e interessantes, desencava segredos e descobre que, mesmo para um menino com uma mãe complicada e um irmão ausente, família pode significar algo bem maior do que se imagina. Um livro tocante e delicioso sobre aprendermos a discernir realidade e aparências, Vejo Você No Espaço é uma lição de que família também se constrói e de que, com honestidade, força e amor, nos tornamos tão grandes quanto o próprio universo.

Livros narrados por crianças têm dois destinos, na minha opinião: ou o narrador é um porre e eu morro de raiva; ou são super fofos e termino com um sorriso no final.

No caso desse livro, apesar de terminar de testa franzida (e relendo freneticamente as duas últimas páginas, como vocês vão mais abaixo) achei Alex extremamente fofo e cheio de questionamentos e lógicas totalmente pertinentes. Ele recebe as informações das perguntas que faz para as pessoas e tira conclusões tão espertas que por várias vezes pensei que ele tinha toda razão.

A história é narrada pelo Alex e, em alguns momentos bem específicos pela Terra (uma personagem do livro, não o planeta em si, rs). A narração é feita em formato de gravações, já que ele está gravando no ipod dele sons e histórias sobre a terra para mandar para o espaço, então me senti o extraterrestre que ele imaginava estar ouvindo o ipod. Se essa era a ideia do autor, comigo funcionou.

Além disso, sempre tenho receio de que o personagem infantil seja daqueles que apesar de criança parecem adultos. Acho pedante uma criança de 11 anos agir como uma de 18. Mas no caso desse livro, Alex é exatamente como ele se descreve: uma criança de 11 com amadurecimento de 13, o que não incomodou em nada!

Os amigos que Alex faz no evento FAASS no Novo México e que o acompanham ao longo da história, o Zid e o Steve, também me conquistaram, apesar de Steve ter merecido uns tapas por suas atitudes.

Alex é uma criança. Logo as expectativas de romance ficaram entre dois personagens secundários. Mas a historia foi tão frustrante que eu preferia que nem tivesse sido colocada no livro.

Outro ponto que deixou a desejar foi o desfecho em relação ao “Ipod” de ouro de Alex. Passei o livro inteiro esperando ele arrumar um jeito de mandar o aparelho para o espaço e, a partir dos capítulos finais tudo começa a indicar de que forma isso ocorrerá, contudo, o que realmente aconteceu me deixou tão brava que eu tive que voltar e ler as duas últimas páginas novamente para ter certeza que era assim mesmo que terminava.

Assim, o livro se encerra com nota quatro. Não podia reduzir demais a nota, tendo em vista toda a trajetória dos personagens até o desfecho, mas algo muito importante ficou faltando e não podia deixar passar.

Para quem gosta de livros fofos, leia! Vocês vão se divertir à beça com esse garotinho!

“Alex: eu sei que a verdade é incômoda, mas se eu vivesse feliz o tempo inteiro, então eu não poderia ser forte…”

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