Cinema

Cobertura Mostra de Cinema de Tiradentes | Primeiro dia

Após uma abertura fantástica e emocionante na última sexta (22/01), o primeiro dia apresenta uma mostra potente

A Mostra de Cinema de Tiradentes, realizada na cidade histórica de Minas Gerais, abre o calendário do ano na difusão do cinema brasileiro e acontece entre os dias 21 e 29 de janeiro.

Esta edição comemorativa de 25 anos seria em formato híbrida, com grande parte das atividades acontecendo apenas presencialmente, mas com diversas também rolando no âmbito online. No entanto, devido ao aumento de contaminações da variante Ômicron da Covid-19, toda a mostra foi convertida para o formato online.

São mais de 100 obras, entre curtas e longas-metragens de diversos formatos e com abordagens muito distintas, formam um painel interessante da atual produção cinematográfica do país.

Homenageado da Mostra

O homenageado da 25ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes é o cineasta Adirley Queirós. Autor de obras como “A cidade é uma só?”, “Branco Sai, Preto Fica e “Era uma Vez Brasília”, o diretor já foi premiado na Própria Mostra em 2012 e agora terá sua filmografia completa disponibilizada durante o periódo de duração do evento através do site.

Aqui no Entrando Numa Fria, algumas das obras terão suas críticas publicadas nos próximos dias e este post será atualizado com elas.

Crítica – A cidade é uma só? (Leia aqui)

Mostrinha

Abrindo a Mostrinha deste ano, o filme “Poporopó“, de autoria de Denise Bernardes e direção de Luís Antônio Igreja apresentou uma linda interação entre multiplas experiências do cinema, com o treatro circense de um show de palhaços. Lindo em tantos sentidos, um prazer de ver para crianças e adultos.

Sinopse: Julieta é uma palhacinha adolescente que vive com sua família peculiar: um grupo circense nômade. A vida da garota muda drasticamente quando seus pais decidem deixar o circo e tentar a sorte em uma cidade próxima. Vestindo sempre seus trajes típicos e usando uma linguagem universal que dispensa palavras, a família enfrenta, com humor e alegria, uma série de dificuldades durante a adaptação a essa nova vida.

Sessão de Curtas – Regional

Na primeira sessão de curtas da Mostra, com o foco em produções do estado de MG. Entre outros temas, podemos ver como o tema da mineração segue presente. Infelizmente, este ano tivemos mais razões para manter essa conversa aberta e vigilante.

A Mostra Regional apresenta seis curtas-metragens realizados em cidades do interior de Minas Gerais, seja em regiões próximas de Tiradentes ou em municípios mais distantes. As produções abordam temáticas pertinentes às comunidades locais e personagens que exercem influência nos territórios regionais.

Os destaques são “Santo Rio“, de Lucas de P. Oliveira e Guilherme Nascimento e “O que Eu Gosto de Fazer é Ter Nascido no Mundo“, de Monique Rangel.

Sessão de Curtas – Mostra Foco Minas

A Foco Minas apresenta realizações audiovisuais criadas e produzidas em território mineiro. Curtas experimentais, ficcionais, documentais e de animação estão contemplados na grade, que desenha um panorama do cinema feito em Minas Gerais e por realizadores do estado.

Menos acessíveis ao grande público, essa mostra é um primor para aqueles que procuram estar atentos às experimentações do cinema, muito mais presentes em curtas e produções autorais, antes de se tornaram modelos para projeções maiores.

Nesta primeira sessão, destacam-se os curtas “Ácaros“, de Samuel Marotta e a animação “Dinheiro“, de Arthur B. Senra e Sávio Leite.

Sessão de Curtas – Mostra Cinema em Transição

Se propondo a discutir o momento de mudança de paradigma das produções do cinema nacional, entre o momento socio-político que vivemos e uma migração já consolidade das mídias tradicionais para o mundo da comunicação via internet.

A mostra acaba revelando os desafios do produtores independentes que revelam uma potência muito maior um rompimento com a tradição do cinema. Não apenas por necessidade, mas por escolha. Destaque para “Tenho Receio de Teorias que Não Dançam“, de Gau Saraiva

Debates e rodas de conversa

Mostra Tiradentes

Como parte da programação da Mostra, diversos eventos e mesas de debate acompanham as exibições dos filmes e ficam registrados no canal da Universo Produção, realizadora da Mostra.

  • 25 ANOS DA MOSTRA TIRADENTES EM LIVRO, FATOS E MEMÓRIAS – Lançamento do livro comemorativo aos 25 anos da Mostra de Cinema de Tiradentes O CINEMA BRASILEIRO EM RESPOSTA AO PAÍS (2016-2021) (Veja aqui)
  • A imagética do documentário: arquivos e abordagem direta – Entre as imagens de arquivo e os registros diretos o que pode a imagem documental? Convidados: • Dácia Ibiapina – diretora, roteirista e produtora de cinema | DF • Fernanda Pessoa – cineasta, artista visual e pesquisadora | SP • Henrique Borela – realizador audiovisual | GO • Marcela Borela – realizadora e pesquisadora | GO Mediação: Lila Foster – curadora | DF (Veja aqui)
  • BATE-PAPO | MOSTRA PRAÇA | A FELICIDADE DAS COISAS (Veja aqui)

Mostra Praça

Veja a nossa crítica do filme “A Felicidade das coisas“.

Sinopse: Paula, 40 anos, está esperando seu terceiro filho, enquanto passa seu tempo entre uma praia feia e uma recém-adquirida e modesta casa de veraneio no litoral paulista, onde ela pretende construir uma piscina para seus filhos. Quando seus planos se desfazem por conta de problemas financeiros, ela se torna cada vez mais sufocada pelo peso de suas responsabilidades. Deixada sozinha pelo marido e lidando com as constantes demandas de seu filho adolescente, que está conhecendo um novo mundo, Paula precisa confrontar suas próprias expectativas e frustrações, o que nos revela uma associação profunda entre amor e perda.

*Este post será atualizado com as críticas dos filmes das Mostras “Autoria” e “Cinema em Transição”.

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