Lançamentos

Na mira dos lançamentos: Companhia das Letras / Paralela (outubro/2014)

Olá, pessoal!!!

Vamos conferir os lançamentos do mês da editora Paralela e Companhia das Letras:

Paralela

 

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MILAGRES JÁ – 108 ferramentas para tornar sua vida melhor, de Gabrielle Bernstein

A maioria de nós quer melhorar a qualidade de vida, mas não tem tempo para praticar uma hora de ioga ou 30 minutos de meditação diariamente. Se o ritmo acelerado de nossas vidas nos faz sentir sobrecarregados, nossa prática espiritual para combater o estresse e a ansiedade não deve agravar essa sensação.
Foi pensando nisso que a autora e professora de ioga Gabrielle Bernstein escolheu a dedo 108 técnicas para nos ajudar, de forma rápida, a enfrentar problemas corriqueiros, tais como frustração, ciúme, ressentimento e estresse. Cada técnica é apresentada de maneira simples e fácil de seguir, incorporando verdades espirituais poderosas e meditação Kundalini, além de lições e princípios do texto metafísico Um curso em milagres.

88115_gO LIVRO DO CORPO – Entenda, movimente e ame seu maravilhoso corpo, de Cameron Diaz e Sandra Bark

Ao longo de sua carreira, Cameron Diaz foi um modelo para milhões de mulheres ao redor do mundo, porém, como ela própria admite, nem sempre foi tão consciente com relação ao corpo quanto é hoje. Nos últimos quinze anos, no entanto, descobriu a íntima associação entre comida, aparência física e bem-estar. Essa constatação – de que a nutrição influencia a vida – despertou nela o desejo de se informar sobre as melhores maneiras de se alimentar, movimentar e cuidar de si mesma. Em O livro do corpo, Cameron não formulou um programa único para todos os tipos de mulher, tampouco estabeleceu objetivos a serem alcançados em sete, trinta dias ou um ano; diferentemente disso, ela apresenta aqui uma abordagem de longo prazo para uma vida duradoura, com força e saúde. 
Fundamentado em informações de especialistas e baseado em fatos científicos, mas narrado à luz da paixão e das experiências pessoais de Cameron, O livro do corpo é um manual educativo e inspirador para todas as mulheres.

 

Companhia das Letras

13562_gE SE? – Respostas científicas para perguntas absurdas, de Randall Munroe

Garoto prodígio da NASA, Randall Munroe tornou-se conhecido com a icônica série em quadrinhos XKCD, que passou a publicar na internet em 2005. Desde então, milhões de pessoas visitam semanalmente o xkcd.com em busca de suas figuras desenhadas com palitinhos e seus comentários sobre ciência, tecnologia e amor. Munroe não tem exatamente leitores, e sim um séquito de seguidores apaixonados.
Mas os fãs do XKCD costumam fazer perguntas estranhas a Munroe. O que aconteceria se você rebatesse uma bola de beisebol a 90% da velocidade da luz? Qual a velocidade máxima permitida para passar de carro por uma lombada sem morrer? Se os robôs causassem o apocalipse, quanto tempo a humanidade duraria? Em busca de atender a curiosidade de seus leitores, Munroe criou o também imensamente popular “E se?”, um blog destinado a resolver essas e outras grandes questões da humanidade. 
Para encontrar as respostas, Munroe cria complexas simulações computadorizadas, lê dezenas de memorandos do exército, resolve equações diferenciais e consulta operadores de usinas nucleares. Suas respostas são uma obra-prima da clareza e do humor. Em geral elas terminam com a aniquilação da humanidade, ou pelo menos numa grande explosão.
Nas listas dos mais vendidos mesmo antes de ser publicado, E se? traz questões nunca antes respondidas, além de versões expandidas e atualizadas das perguntas mais populares do blog. Leitura obrigatória não só para os fãs do XKCD, mas para todos que já se viram considerando hipóteses absurdas e descabidas. Randall Munroe está ao seu lado.

13569_gA NEVE ESTAVA SUJA, de Georges Simenon

Além das dezenas de histórias protagonizadas pelo Comissário Maigret, Georges Simenon é autor de um conjunto de romances que ficaram conhecidos por sua dimensão psicológica, análoga à de obras de ficção escritas por seus contemporâneos Albert Camus e Jean-Paul Sartre. 
A neve estava suja, de 1942, figura entre os mais celebrados livros desse conjunto. Aos dezenove anos, Frank Friedmaier vive na França sob a ocupação nazista, no início dos anos 1940. Todos lutam para sobreviver. Ele mora na casa da mãe, um prostíbulo que serve aos oficiais alemães, mas busca um sentido para sua vida.
Friedmaier é um cafetão, um bandido, um ladrão. Assim que o livro começa, ele acaba de cometer seu primeiro assassinato. Pela escuridão de um inverno interminável, o protagonista se afundará na abjeção até que não haja mais saída. 
Este livro já foi descrito como “um dos raros romances nascidos sob a França ocupada que vão direto ao ponto”. Atrás das grades depois de ser descoberto pelos oficiais, Frank vive os dias como se fossem um só, desiste de comer, domestica seus desejos e cultiva uma indiferença absoluta em relação à vida.
Num estudo da mente criminosa comparado a O assassino em mim, de Jim Thompson, Simenon mapeia uma terra de ninguém em que a natureza humana é levada à destruição por forças que estão além de seu controle.
“Deus criou você para escrever, assim como criou meu pai para pintar. É por isso que vocês dois fazem isso tão bem.” – Jean Renoir, em carta a Georges Simenon

13835_gROMÂNTICO SEDUTOR E ANARQUISTA, de Ana Maria Machado

Foi em nome do prazer que Ana Maria Machado decidiu estudar Jorge Amado, adorado pelos fãs e inicialmente saudado pela crítica como fantástico romancista. A essa reação, entretanto, seguiu-se uma guinada nos meios acadêmicos, sobretudo em certas regiões do país, que passaram a classificar a sua obra como algo melhor. O criador de Gabriela, Tieta e Teresa Batista, para ficar em apenas algumas de suas personagens femininas mais famosas, teve uma carreira internacional de sucesso, com os direitos de suas obras vendidos para dezenas de países. No Brasil, sua projeção não foi menor. Ignorando completamente a comunidade acadêmica, o público devorou seus livros, tornando muitos deles best-sellers. 
O sucesso do autor obrigou a crítica a quebrar o silêncio e tentar decifrar o que havia, afinal, na prosa de Jorge Amado que seduzia tanto os leitores. No início, muitos classificaram a sua obra como algo menor; depois, vieram aqueles que, destituídos de preconceito, começaram a analisar o autor em toda sua complexidade. 
Este Romântico, sedutor e anarquista, publicado pela primeira vez em 2006, pertence a essa segunda seara. Ana Maria Machado passa em revista as qualidades narrativas do autor, destaca sua capacidade como contador de histórias, o realismo de seus personagens e discute pontos cruciais em seus livros, como “a fartura de visões e a opulência de recursos” em Tenda dos milagres, ou as frequentes crenças de que o futuro pode e deve ser melhor.
Assim como Jorge Amado, Ana Maria Machado é dona de uma prosa fluente, clara e sedutora. Para os fãs e estudiosos do autor, esta edição, que abre com um prefácio da antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, é uma oportunidade única de olhar para um dos mais importantes escritores brasileiros, sem amarras sociais ou preconceitos de classe.

13573_gA CABEÇA DE UM HOMEM, de Georges Simenon

Maigret tenta provar a inocência de um homem condenado à morte por um assassinato brutal. Enquanto se desenrola seu plano, ele encontra expatriados americanos com segredos que poderão trazer toda a verdade à tona.
“Um escritor maravilhoso, de fluência admirável” – Muriel Spark

 

 

 

 

 

 

13833_gO CONCERTO DE JOÃO GILBERTO NO RIO DE JANEIRO, de Sérgio Sant´Anna

Numa de suas raras declarações públicas, o escritor Sérgio Sant’Anna afirmou: “Me dou melhor com formas mais breves. Tenho muito mais tendência à narrativa curta do que ao romance. O conto me permite experimentar mais”. Se os espantosos romances do autor estão aí para desmentir em parte tal afirmação, não se pode negar que o conto é o espaço onde Sant’Anna parece mais à vontade para jogar com as palavras.
Assim, o conhecido gênero ganha novas abordagens, num registro que combina com maestria a alta e a baixa literaturas, o erudito e o pop, o sagrado e o por vezes indescritivelmente profano. Num tom cortante e desconcertante, o autor passeia por cenários familiares e aponta ao leitor as possibilidades narrativas escondidas por eles. Onde vemos esgotamento, o autor vê um campo de possibilidades, como se o mundo enxergado por ele exigisse uma radicalização da linguagem e das formas de expressão. 
Publicado no início dos anos 1980, O concerto de João Gilberto no Rio de Janeiro arrebatou crítica e público, e colocou Sant’Anna definitivamente no mapa das letras brasileiras. Um livro que marcou o início de uma geração deliciosamente livre, e cujas influências se fazem sentir até os dias de hoje.
“Sérgio Sant’Anna, inteligente demais para produzir meras historinhas, prefere mergulhar nas infinitas possibilidades da palavra escrita em busca de um mínimo de verdade. E com raro talento.” – Caio Fernando Abreu

13370_gA REVOLUÇÃO BRASILEIRA E A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL, de Caio Prado Jr.

A revolução brasileira é um ajuste de contas de Caio Prado Jr. com o partido no qual militou durante a maior parte da vida: o PCB. Motivado pelo Golpe de 1964, o livro busca compreender por que as forças de esquerda foram tão facilmente derrotadas.
Antes, o autor já havia criticado a interpretação então prevalecente na esquerda a respeito do problema fundiário, em artigos escritos para a Revista Brasiliensee reunidos em A questão agrária no Brasil. Por conta disso, faz todo o sentido publicar os dois trabalhos conjuntamente, além de tentar lançar nova luz sobre os escritos políticos do historiador. Neles, Caio Prado Jr. defende que não se pode entender o campo brasileiro com base no que foi o feudalismo europeu. Em outro sentido, o país se criou a partir da grande exploração agrária: empresa moderna, baseada na escravidão, que respondia a estímulos do mercado externo. Portanto, para se constituir como nação seria necessário superar a orientação vinda da colônia. Ou ainda, em outras palavras, a formação do Brasil contemporâneo deveria levar à revolução brasileira.

 

 

13734_gOS INOVADORES, de Walter Isaacson

A onipresença dos computadores e da internet às vezes nos faz esquecer como essas invenções são relativamente novas. Se as gerações atuais já nascem mexendo em tablets e smartphones, é estranho pensar que há poucas décadas a computação pertencia ao domínio de cientistas, militares e uns poucos empreendedores de ponta. Mas quem inventou o computador? Quem teve a ideia de criar a internet? Foi perseguindo essa pista que Walter Isaacson, autor das estrondosas biografias de Steve Jobs e Albert Einstein, construiu esta empolgante narrativa, que retrata inovadores bolando máquinas em suas garagens minúsculas, pensadores excêntricos às voltas com grandes questões existenciais, batalhas épicas entre empresas e uma grande dose de bits, chips e fios de cobre.
Surpreendentemente, essa história começa na década de 1830, quando Ada Lovelace, filha do poeta inglês Lord Byron, e Charles Babbage, o matemático que foi a pedra de canto da revolução digital, descrevem em belíssimo ensaio o funcionamento de uma máquina de processar e resolver problemas. Jamais construída, a invenção iria semear, ao longo das décadas seguintes, a imaginação de inovadores ao redor do mundo. Gente como Claude Shannon, o brilhante matemático que criou o conceito de bit (e, com ele, toda uma disciplina), Alan Turing, que ampliou e expandiu as ideias de Babbage, ajudou os aliados a vencer a Segunda Guerra e foi preso em seu país por ser homossexual, ou ainda Grace Hopper, provavelmente a primeira programadora do mundo e uma das muitas mulheres pioneiras da estrada da informação.
A descoberta fundamental de Isaacson é que o computador e a internet foram invenções coletivas, resultado da colaboração de centenas de pessoas ao longo de décadas. Cada inovador contribuiu com uma peça nesse enorme quebra-cabeça, e cada invenção inspirou as gerações seguintes a levar adiante o projeto de um mundo conectado através de máquinas inteligentes e surpreendentes. Isaacson mostra em que medida foi a colaboração entre equipes, mais que o gênio individual, que impulsionou a maior revolução tecnológica da história da humanidade. Assim, empresas como a lendária Bell Labs ou a Texas Instruments tornaram-se celeiros de inovadores, cada qual com sua especialidade, polinizando-se mutuamente. O resultado foi o computador como o conhecemos: livre e cheio de possibilidades, uma ferramenta para expandir a criatividade de cada um.
Essas máquinas gigantescas e caríssimas iriam inspirar as gerações seguintes de inovadores em uma busca comum: a criação de um computador pessoal, que poderia ser operado por qualquer pessoa sem conhecimentos de eletrônica ou programação. É também o início da briga entre Bill Gates e Steve Jobs, narrada por Isaacson em ritmo de thriller. E é, acima de tudo, o início da confluência de dois mundos que até então haviam caminhado separadamente: o PC e a rede. Entram em cena os inovadores que deram a cara do século XXI, como Tim Berners-Lee, o criador da web, e Larry Page e Sergey Brinn, os fundadores do Google que, em meio ao início da era da informação, perceberam que cabia a alguém organizar aquela torrente de dados.
Os interessados em tecnologia encontrarão aqui um rico mapa das principais inovações das últimas décadas – do transístor ao microchip, do software livre à tela de toque. Mas o mérito de Isaacson é o foco nas pessoas, e não nos inventos. Assim, a revolução digital aparece como uma história humana, uma empolgante narrativa em torno das grandes ideias e de quem as realizou.

13786_gSETE ANOS – Crônicas, de Fernanda Torres

A entrada em cena de Fernanda Torres no mundo das letras foi apoteótica. Seu primeiro romance, Fim, foi lançado em novembro de 2013 e já ultrapassou a marca dos 150 mil exemplares vendidos. Além de se tornar sucesso de mercado, o livro cativou críticos de quadrantes diversos, do ensaísta Roberto Schwarz ao poeta Antonio Cicero, do romancista Sérgio Rodrigues ao documentarista João Moreira Salles. É natural, portanto, que uma reunião de suas crônicas não demorasse a sair. São textos publicados em revistas e jornais, que versam sobre cinema, teatro, política ou assuntos do cotidiano, mas sempre com suas marcas características: o humor, o tom confessional, a inteligência aguda, o olhar irônico.
Desde 2007, Fernanda tem mantido assídua relação com a imprensa. Estreou na revistapiauí, com “No Dorso Instável de um Tigre”, um relato bem-humorado sobre o medo do ator ao entrar em cena. O texto fez sucesso na época e rendeu a Fernanda o convite para manter uma coluna quinzenal na Veja Rio, de onde saíram alguns textos presentes na coletânea, como “Dercy” e “A Dança da Morte”. 
Pouco depois, voltou a escrever para a piauí. Os perfis de Bráulio Mantovani e Hany Abu-Assad nasceram por encomenda da revista. O divertido texto sobre o filme Kuarup, que narra as agruras vividas durante os dois meses e meio de filmagem no meio da selva, também saiu na revista. 
Em 2010, Fernanda iniciou colaboração com o caderno Poder da Folha de S.Paulo. Sua missão era escrever sobre as eleições para a presidência. Muitos dos textos sobre política incluídos em Sete anos tiveram origem nesse período. Depois das eleições, Fernanda passou a manter uma coluna mensal no caderno de cultura do mesmo jornal. 
Mas há um texto inédito. É o pungente “Despedida”, que trata da morte de seu pai. Por pudor, Fernanda preferira não publicá-lo à época, mas agora decidiu compartilhar a experiência dolorosa com seus leitores. 
“As crônicas aqui reunidas foram escritas ao longo de sete anos e contam a história do meu noviciado”, diz a autora na apresentação do livro. 

13572_gINFERNO A BORDO, de Georges Simenon

Marujos não falam muito com outros homens, e menos ainda com policiais. Mas depois que o corpo do Capitão Fallut é encontrado próximo ao vapor em que trabalhava, o Océan, todos começam a falar em “mau-olhado” para tentar explicar os acontecimentos sinistros durante a última viagem da embarcação.
“Um escritor que, mais do que qualquer autor policial, combinava grande reputação literária com apelo popular.” – P. D. James

 

 

 

 

13840_gUM LUGAR PERIGOSO, de Luiz Alfredo Garcia-Roza

São muitos os lugares perigosos deste livro. O primeiro é o próprio Rio de Janeiro, onde a história se desenrola. Como de costume nos romances de Garcia-Roza, a cidade é protagonista e sua geografia se torna parte indissociável da trama. 
Outro lugar de perigos insondáveis é a memória do professor Vicente, figura central neste enredo. Afastado da universidade em razão de problemas de saúde, ele passa os dias em casa e ganha a vida como tradutor, numa rotina aparentemente tranquila. Até que se depara com uma lista cheia de nomes de mulheres.
Quem são elas? Foram suas colegas na universidade? Alunas? Por que ele as reuniu numa lista e que relação manteve com elas? São questões que ele não tem como desvendar, pois sofre de uma síndrome em que as lembranças se apagam e a imaginação toma o lugar dos fatos.
Vicente busca a ajuda do delegado Espinosa para descobrir o paradeiro das mulheres listadas. Mas a investigação traz à tona os cantos obscuros de sua mente e pode revelar a origem de crimes que nada têm de imaginários.
Na décima primeira aventura do delegado Espinosa, Garcia-Roza mostra por que é um dos renovadores do gênero policial no Brasil e um de seus artífices mais talentosos.

Franciely

É estudante de Letras por falta de melhor opção (já que não se pode ser somente estudante de literatura), leitora por prazer, amiga dos animais, viciada em internet e resenhista porque gosta de experimentar coisas novas.

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