Cinema

O Urso do Pó Branco | Crítica

Em 11 de setembro de 1985, o traficante de drogas Andrew C Thornton II arremessou de seu avião uma quantidade significativa de pacotes de cocaína a longo de uma reserva florestal no estado do Tennessee. Entretanto, o que Andrew não considerava era que ao pular do avião, seu paraquedas não abriria, causando assim sua morte. Além disso, parte da sua preciosa carga se perdeu na mata e foi consumida de forma acidental por um urso negro. É com essa premissa que “O Urso do Pó Branco” (Cocaine Bear) chega aos cinemas: com a promessa de ser o filme mais inusitado e diferente que você verá em 2023.

o urso do pó branco

Mas será que “O Urso do Pó Branco” vai conseguir cumprir a promessa?

O roteiro do filme ficou a cargo de Jimmy Warden de “A Babá” (2017) e “A Babá: Rainha da Morte” (2020). Mas, diferente da realidade (o animal em questão teve uma overdose) Jimmy explora a ideia de um urso entorpecido, insano e violento que vai liquidar quem ouse ficar em seu caminho para o pó branco. O CGI utilizado para dar vida a fera funciona, um exemplo disso são as cenas de intimidação e perseguição de suas vítimas. Mas o espírito trash presente no filme faz com que algumas atitudes do bicho fiquem um pouco exageradas e cartunesca, o que de certa forma não atrapalha nem prejudica o entendimento e andamento da história.

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A diretora Elizabeth Banks soube mesclar a comédia, o horror e o trash na realização do longa. Banks não tem medo de abraçar a galhofa, bem como os sarcasmos na projeção de seu filme. A diretora também conta com o elenco estrelar desde Keri Russell (“The Americans”), passando por Jesse Tyler Ferguson (“Modern Family”) e Alden Ehrenreich (“Han Solo: Uma História Star Wars”), Kristofer Hivju (“Game of Thornes”) em sua aparição no início do filme, além O’Shea Jackson Jr (“Ingrid Goes West”), também não poderia faltar as crianças fofas Brooklynn Prince (“Projeto Florida”) e Christian Convery (“Sweet Tooth”), e o póstumo Ray Liotta.

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Mais comédia que terror

Durante a 1h 31m de duração do filme nos é apresentado diversos núcleos de personagem e suas subtramas que vão se conectando na narrativa no mesmo ritmo do nosso personagem principal, criando assim dinamismo a narrativa.

“O Urso do Pó Branco” consegue cumprir a promessa de filme mais non sense de 2023. É divertido e chegaria ser um filme para toda família se não fosse pelas cenas horror gore. Cocaine Bear nos faz embarcar na viagem caótica e ao mesmo pitoresca do urso negro rumo ao seu pó branco.

Não sai do cinema assim que o crédito começarem, pois há mais de uma cena pós-créditos. Ainda nos crédito finais somo surpreendidos com o rap White Line do rapper Grandmaster Melle Mel, pois ela contribui e muito, principalmente para o desfecho de um dos personagens.

Texto escrito por Tatiane Barroso

Ficha Técnica

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O Urso do Pó Branco (Cocaine Bear, 2023)

Direção: Elizabeth Banks

Elenco: Keri Russel, Ray Liotta, Matthew Rhys

Trilha sonora: Mark Mothersbaugh

Edição: Joel Negron

Distribuição: Universal Pictures

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