Resenhas

Resenha: A Escolha, por Kiera Cass

A_ESCOLHA_1391716774P Nome do livro: A Escolha
Nome Original: The One
Trilogia: A Seleção #03
Autor(a): Kiera Cass
Tradução: Cristian Clemente
ISBN: 9788565765374
Editora: Seguinte
Páginas: 352
Ano: 2014
Nota: 2/5
Onde Comprar: Compare Preços

A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer. Desde a primeira página da seleção, este best-seller #1 do New York Times capturou os corações dos leitores e os levou em uma viagem cativante … Agora, em A Escolha, Kiera Cass oferece uma conclusão satisfatória e inesquecível, que vai manter os leitores suspirando sobre este eletrizante conto de fadas muito depois da última página é virada.

É muito difícil avaliar um livro que gostei muito dos dois volumes anteriores. Desde a apresentação dos personagens principais, as referências e qualidades dos personagens secundários, até mesmos os coadjuvantes foram capazes de completar um todo dentro da obra escrita por Kiera Cass. Das trinta e cinco garotas selecionadas para A Seleção –uma espécie de reality para que o príncipe possa escolher sua futura esposa – restaram somente: America, Kriss, Celeste e Elise.

Para quem não acompanhou os dois primeiros livros da trilogia (A Seleção e A Elite), aconselho lê-los ou revisar as minhas resenhas. America durante sua trajetória dentro do castelo se manteve sempre dois caminhos, ou melhor, indecisa entre dois homens: Aspen e Maxon. Enquanto um sempre compartilhou consigo sua vida e momentos, o outro chegou de forma doce, simpática e acolhedora. Sua impulsividade e indecisão por Maxon, fez com que o mesmo sentisse as mesmas dúvidas e incertezas pensando se realmente America sente alguma coisa por ele. Fora ainda o rei, que não a deixa longe de seus olhos e é notável todo o seu ódio pela nossa protagonista.

O seu lado impulsivo vem à tona quando sua ideia de exterminar as castas dentro do regime de Iléa fica mais forte. Os ataques dos rebeldes vão fechando o cerco e intensificando a cada momento. Pessoas correm mais riscos e caso não seja feito nada, muitos poderão pagar um preço muito alto. Quando America finalmente deixa a entender que o seu coração é finalmente de Maxon, algo acontece para separá-los. Os ciúmes de America estão mais fortes vendo outras meninas fazendo o possível e impossível para ficar com o príncipe. O que me deixou nervoso, porque novamente a mesma situação retorna dos outros volumes e de novo nada é desenrolado entre os personagens, ficou parecendo final de novela quando o “gran finale” chega somente antes dos créditos finais.

Fora toda a seleção, do outro lado, os rebeldes começam a invadir as castas e atacar famílias como forma de pressão ao rei. Maxon começa a ver America de outro ponto, quando o seu lado político grita mais alto, ele precisa começar a confiar na garota. E novamente sua decisão é levada para um assunto futuro. No outro lado, America começa a se impor em desafiar mais o rei,e ele obrigando ao príncipe excluir America da seleção.

Kiera Cass tentou passar tudo para o leitor, mostrar mesmo os problemas, deu mais voz para outros personagens que antes não participavam. Intensificou outros diálogos, e mostrou tudo o que aconteceu nas escuras por Celeste. O que atrapalhou foi que o romance em si, aquela relação que vinha sendo levado nos dois volumes anteriores teve que ser diminuída ou levada para as páginas de encerramento desse volume. Muitas pontas abertas que ficaram anteriormente tiveram que correr para que fossem fechadas.

É nesse ponto que eu não gostei! Primeiro; a autora abriu muito o problema com os rebeldes, o cenário era mais propício de uma grande ambientação e muito mais ação, o que não houve. Em uma única cena, tudo se resolveu. Segundo; as decisões (falta de evolução) finais de Maxon (você leitor vai entender, somente lendo), ficaram parecidas com as de America. Isso me irritou muito, precisou que um chegasse à beira da morte para que o outro enxergasse o sentimento do outro. Terceiro; eu pensava em uma melhor ambientação com o casamento e  coroação, ainda como Iléa levou a escolha do príncipe. O que não foi abordado. Aqui, a meu ver, seria necessário um quarto volume ou mais páginas. Abordar uma monarquia a meu ver junto com um romance merecia uma análise de toda a população como vemos em filmes como “Diários de Princesa” e outros. Eu fiquei esperando muito uma evolução e não houve.

Fora isso, Kiera não perdoou muitos personagens, matando alguns merecidamente e outros nem tanto. Sua abordagem rápida foi à responsável de me prender há devorar o livro em poucas horas. A edição da Seguinte seguiu a mesma da versão original, a diagramação com capas amarelas ajudaram muito a leitura e compreensão. Palmas para a editora, que lançou o livro simultaneamente com a versão internacional. A tradução pela corrida contra o tempo não perdeu o foco, pelo contrário, ficou muito bem revisada e pelo que vi nas redes sociais muito bem elogiadas pela editora.

Sim! Eu recomendo toda a trilogia. E com certeza ela vai ser lida, relida e lida mais uma vez. Mesmo pecando pela correria, “A Escolha” apresentou um enredo chamativo, decisivo e muito necessário. Leiam!!!!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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