Resenhas

Resenha: A Torre Invisível, por Nils Johnson-Shelton

torre Nome do Livro: A Torre Invisível
Nome Original: Otherworld Chronicles- The Invisible Tower
Série: Crônicas do Outro Mundo #01
Autor(a): Nils Johnson-Shelton
Tradução: Rafael Spigel
ISBN: 9788580573060
Páginas: 256
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Avaliação: 3/5
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No mundo que conhecemos, onde vive o garoto Artie Kingfisher, magos chamados Merlin, dragões que cospem fogo e espadas mágicas existem apenas em lendas e contos de fadas. Isso, porém, muda completamente no dia em que ele começa a receber, na vida real, mensagens saídas de seu jogo de video game favorito, chamado Outro Mundo.Pistas misteriosas levam Artie até uma loja estranha, de nome estranho – A Torre Invisível -, onde ele descobre que nada em sua história é o que parece. O menino é nada mais nada menos que o sucessor do lendário rei Arthur, nascido no século XXI para terminar a missão que o outro não conseguiu levar adiante.Ao lado da irmã, Kay, e carregando a célebre espada Excalibur, Artie cruzará o Outro Mundo – que não existe apenas no jogo – em uma jornada digna dos cavaleiros da Távola Redonda, enfrentando dragões, lobos famintos, poderosos feiticeiros e muitos outros perigos. Uma batalha que Artie já venceu no universo virtual agora terá que travar ao vivo, sem macetes nem vidas extras. Se ele perder, será o fim. Deste e de todos os mundos.

A Torre Invisível foi um dos primeiros livros que estava ansioso para ler desde o seu lançamento, quando a editora Intrínseca liberou para solicitação, não pensei duas vezes. O lado aventura no infanto-juvenil como qualquer outro livro me faz viajar em locais que escrevo em minha imaginação. O outro detalhe de minha escolha, foi por envolver a corte do Rei Arthur em uma época atual, sem contar com a mistura da tecnologia, como os video games. Não deu outra, o primeiro livro aumentou a minha curiosidade em conhecer profundamente a escrita de Nils Johnson-Shelton em suas sequências dentro da aventura de Arthur e seus amigos.

Artie Kingfisher ou Arthur tem 12 anos e é viciado junto com sua irmã mais velha, Kay, no jogo chamado “Outro Mundo”. O garoto sabe que foi adotado ainda bebê e que sua mãe, Cassie, desapareceu sem deixar rastros. Ele e sua irmã moram com o pai, Kynder, e não desgrudam do jogo, nele o garoto  pode derrotar todos os seus inimigos e conquistar os seus objetivos. Até mesmo matar um terrível dragão.

“Artie, Kay e Kynder moravam em uma casa amarela de madeira na rua Castleman, em Shadyside, Pensilvânia, cerca de cnco quilômetros do centro de Pittsburgh. Tanto Kay como Artie chamam o pai pelo primeiro nome desde quando tinham oito anos. Isso foi na época que Artie descobriu que era adotado, e, embora Kynder fosse o único pai que ele já conhecera, o menino parou de chamá-lo assim e começou a chamá-lo pelo primeiro nome. Pouco meses depois, Kay passou a fazer o mesmo. Kynder achou que era uma idiossincrasia divertida e gostou, por isso nunca insistiu em ser chamado de pai, papai ou qualquer coisa do tipo.” (p. 17)

Em um dia, a família viaja para o local do campeonato de video game da irmã mais velha, Kay. Quando se dão por conta, Artie, esqueceu de colocar na bagagem o controle especial da garota, que pode ocasionar a perca do campeonato sem o controle da sorte. Para tentar amenizar o esquecimento, Artie vai até uma estranha loja, chamada de “A Torre Invisível” e acaba conhecendo um senhor estranho, Lyn, ou melhor, Merlin. Daí para frente, Artie, começa a conhecer sua verdadeira história, como ele foi adotado por Kynder e Cassie, o que ele tem haver em ser o rei Arthur e quais os perigos que ele deve enfrentar para salvar Merlin e todo o reino das mãos de Morgana e outros inimigos. Sem contar que ele deve encontrar a famosa espada Excalibur, entregar Cleomede para Kay, recrutar a nova távola redonda e por fim combater os inimigos. Diferente da história que conhecemos, aqui nosso herói não deve desenterrar a espada de uma rocha, pelo contrário, ele pega Cleomede para encontrar o local da famosa Excalibur. Personagens conhecedores também são apresentados como o Pequeno Polegar, lembram dele?

“(…) -Hm. Sim. Você tem um nome de realeza, acho. Um nome antigo. Inglês. Não é Charles. Nem Henrique ou Tiago. Eduardo?Não, não. Acho que começa com A – disse ele. Artie sentiu as mãos se fecharem. Em seguida, o homem parou de se balançar, abriu as mãos e os olhos e lançou a Artie um olhar que o deixou com os joelhos bambos- Você se chama Arthur!.” (p. 28)

A premissa do enredo é show de bola, os locais, ambientação e a mistura do enredo sobre a corte do rei Arthur foram momentos que revivi outros livros, diferente deste, que é levado por um menino. O autor reconstruiu uma narração nova, misturando tecnologia com um enredo bastante conhecido para a classe mais adulta. O que pode incomodar alguns leitores, pode ser o fato da quantidade de personagens de outros contos. Mesmo assim, as lições de amizade, família são levados pelo autor. A leitura é muito ágil e rápida, apresentando capítulos curtos que não cansam a mente do leitor. Até mesmo as decisões dos personagens de como aceitar sua verdadeira história, retoma a classificação literária que devemos ter em mente e até onde o livro pretende alcançar a galera mais nova. Alguns desses fatores pode contribuir para que alguns leitores rejeitem a trama de Johnson-Shelton.

A editora Intrínseca, retoma a diagramação em folhas amareladas, com marcações nos nomes dos capítulos. A capa ficou bastante ilustrada, levando ao conhecimento do leitor o que espera encontrar no enredo. A tradução de Rafael Spigel foi na dose certa, retirando palavras mais cultas e alterando por outras de fácil entendimento para a classe jovem em seus capítulos.

Sem dúvida, A Torre Invisível é uma leitura que chama atenção, para ser lida em uma tarde de domingo. Se você é fã de carteirinha de uma boa aventura, o livro é muito indicado. Agora se é um conhecedor das histórias da corte do rei Arthur, não chegue com muita sede ao bote, ou conhecedor da saga Percy Jackson,  comparações que você leitor não vai encontrar. Enfim, o final só aguçou minha vontade de acompanhar logo a sequência, ainda sem data definida no Brasil.

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

3 thoughts on “Resenha: A Torre Invisível, por Nils Johnson-Shelton

  • barbara

    me parece ser incrivel super forte e misterioso, adorei a capa!

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  • Kah Rodrigues

    Quero muito ler esse livro, ja ouvi muita gente falar bem dele, porém só posso ler depois que eu terminar minha “pequena” pilha de livros que está na fila kkkkkkk

    Resposta

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