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Resenha: As Batidas Perdidas do Coração, por Bianca Briones

AS_BATIDAS_PERDIDAS_DO_CORACAO_1403118831P Nome do livro: As Batidas Perdidas do Coração
Autor(a): Bianca Briones
ISBN: 9788576863229
Editora: Verus
Ano: 2014
Páginas: 406
Nota: 5/5
Onde Comprar: Compare Preços

Viviane acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Rafael teve o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua família, incluindo a única irmã, morrerem em um acidente de carro. Viviane pertence a uma classe social que ele despreza. Rafael é tudo o que ela sempre ouviu que deveria evitar. Eles são opostos, porém dividem a mesma dor. Jamais se aproximariam se a morte não os colocasse frente a frente, e agora, por mais que saibam que são completamente errados um para o outro, não conseguem evitar uma intensa conexão, que poderá salvá-los ou condená-los para sempre. As batidas perdidas do coração é uma história sobre perdas e como cada um lida com elas. É o encontro atormentado entre a dor e o amor. Com uma narrativa sexy, envolvente e repleta de música, este livro traz a última tentativa de duas pessoas arruinadas que, juntas, buscam desesperadamente se encontrar.

Estou me acostumando em apostar em novos livros pelos pedidos que recebo de muitos leitores. Sempre fiquei com pé atrás de livros abordados pelo gênero chick-lit, direcionados para um público feminino. Como já dei chances para os livros como escritos por: Carol Sabar e Carina Rissi, não poderia deixar de ler mais um. Desde quando a editora Verus anunciou o lançamento de “As Batidas Perdidas do Coração”, escrito pela autora nacional Bianca Briones, me apeguei ao enredo sem antes lê-lo. Um livro muito realista e muito cativante! E um detalhe: é um new adult.

De um lado Viviane chora pela perda de seu pai. Alvo de um câncer fulminante, a garota lutou e apostou junto com o pai doando todas as suas forças quando podia. Ao lado de seu irmão Rodrigo, a garota irá tentar superar a perda e tentar voltar a viver, reconstruindo os cacos deixados pela perda. Do outro lado, conhecemos Rafael, um garoto rebelde, que carrega um grande peso em suas costas. Sem pai, ele está hospitalizado em um hospital e ainda carrega o fardo de novas perdas, desta vez: primo, tios e sua irmã Priscila, a mais nova de 15 anos. E é nesta premissa que as coisas começam a acontecer. O destino pode ser muitas vezes cruel, ainda quando carregamos um fardo grande nas costas e pela dependência não sabemos como seguir em frente.

O contraste das classes sociais é bastante evidenciado pela autora, Viviane é a mocinha dos Jardins de São Paulo e Rafael é um coitado que mora em uma periferia. Até que pela ironia ou não do destino, ambos se esbarram e se encontram. Somente o tempo com toda certeza pode curar todos os sofrimentos. Fora os paradigmas e rótulos que muitas famílias ainda carregam em julgar as pessoas, Briones, foi muito bem real em seu texto. Os diálogos levam a dor dos personagens ao leitor e como os acontecimentos podem refletir em nós mesmos. Em nossas próprias escolhas e como seguimos as nossas vidas.

O livro é em primeira pessoa, pela visão de cada personagem. Outro ponto marcante foi as referências de trechos de músicas em cada capítulo. Necessárias para o conhecimento e gosto de cada personagem. Nutri uma calma enorme e fiquei até altas horas lendo o livro tentando evitar o final. Gosto muito de livros que transformam a vida do leitor, ligando a idade ao resultado final quando pretendido pelo autor. Repito, o sofrimento é verossímil e real bastante abordado. Cada capítulo foi uma batida perfeita, cada trajeto foi um caminho que precisava ser guiado naquele momento. Pode até ser que o li no dia que precisava de respostas pelas nossas lutas e dificuldades diárias.

Os personagens secundários também não deixaram a desejar, pelo contrário, compôs todo o ritmo perfeito necessário para a transformação de todo o enredo. As palavras de Bernardo, as conversas necessárias do Rodrigo, o carinho necessário do Lucas aos personagens reforçam todo o resultado.

A edição da editora Verus ficou muito bem detalhada e honesta com o que o leitor espera encontrar dentro do livro. O cuidado com a diagramação, revisão foram pontos já conhecidos do Grupo Editorial Record. Não li o livro pensando em devorá-lo rapidamente, pelo contrário, foi em senti-lo e no final deixar minha própria avaliação nutrida em meu coração.

Enfim, deixei evidenciado mais minha opinião do que detalhes do próprio enredo. Mas consegui encontrar outra forma e vicio para o texto de Bianca Briones – o de me completar. Agradeço demais pelo livro ter chegado há uma hora certa e ter transformado. E ainda espero muito que a autora lance outro logo ou quem sabe uma série. Ainda afirmo que o sentimento final do livro foi o que mais me apegou. E com toda certeza lhe transformará também! Indico muito!!! Leiam!!!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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