Resenhas

Resenha: Graffiti Moon, por Cath Crowley

GRAFFITI_MOON_1395698359PNome do livro: Graffiti Moon
Nome Original: Graffiti Moon
Autor(a): Cath Crowley
Tradução: Marina Slade
Editora: Valentina
Ano: 2014
Páginas: 240
Nota: 5/5
Onde Comprar: Compare Preços

Uma aventura emocionante e perigosa como um grafite clandestino. Uma noite de arte e poesia, humor e autodescoberta, expectativa e risco e, quem sabe, amor verdadeiro. Um artista, uma sonhadora, uma noite, um significado. O que mais importa? O ano letivo acabou, aliás, o último ano do ensino médio. Lucy planejou a maneira perfeita de comemorar: essa noite, finalmente, ela encontrará o Sombra, o genial e misterioso grafiteiro, cujo fantástico trabalho se encontra espalhado por toda a cidade. Ele está de spray na mão, escondido em algum lugar, espalhando cor, desenhando pássaros e o azul do céu na noite. E Lucy sabe que um artista como o Sombra é alguém por quem ela pode se apaixonar — se apaixonar de verdade. A última pessoa com quem Lucy quer passar essa noite é o Ed, o cara que ela tem tentado evitar desde que deu um soco no nariz dele no encontro mais estranho de sua vida. Mas quando Ed conta para Lucy que sabe onde achar o Sombra, os dois de repente se juntam numa busca frenética aos lugares onde sua arte, repleta de tristeza e fuga, reverbera nos muros da cidade. Mas Lucy não consegue ver o que está bem diante dos seus olhos.

Depois de algumas leituras meio pesadas, resolvi partir para um livro mais leve e logo Graffiti Moon publicado pela editora Valentina me chamou. O toque suave incorporado na capa da edição brasileira representando emoções do que iremos encontrar dentro do enredo, foi um dos motivos para devorar o livro em dois dias. A escrita de Crowley é tão envolvente que me senti órfão quando terminei o livro. Toques como o grafite, poemas, as dificuldades da arte formam todo o conteúdo para compreensão de toda a obra.

No enredo conhecemos Lucy, uma garota que está comemorando o fim do último ano escolar do ensino médio e possui um grande objetivo: encontrar o Sombra.  Um grafiteiro misterioso que marca suas obras pela cidade. Ela fica tão apaixonada pelas pinturas, que acredita que o artista possa completá-la. O único problema: descobrir quem é realmente. Tarefa meio difícil e um pouco clichê, não? Com certeza você encontrará surpresas.

O que a garota não esperava é passar uma noite com Ed, outro garoto que ela nutre um ódio e já teve sérios desentendimentos. O que ela não esperava que a pessoa que ela queria realmente encontrar, é a pessoa que ela nutre um grande ódio. Agora o enredo melhorou, acertei? A escrita daqui para frente começa a ficar tão chamativa que os olhos não saem das páginas. Fiquei imaginando como perdemos oportunidades quando as coisas estão realmente em nossos olhos como aconteceu com a personagem principal. Quando ela descobre, tudo se transforma.

Cath Crowley vai muito além do que eu esperava. Além de apresentar detalhes como poesia, abordar o grafite e expor os sentimentos dos grafiteiros pelas imagens pintadas faz com que gostamos mais dessa arte até pouco tempo discriminada. Ed é um rapaz que não pode voltar estudar pela falta de dinheiro e precisa ajudar a sua mãe. Em suas pinturas, ele aborda olhares tristes e muitas vezes suas atitudes revelam sua própria realidade. Lucy por outro lado, mesmo saindo em uma jornada meio doida, ela vai crescendo durante a leitura e com seus impasses, acaba descobrindo que as pessoas podem mudar.  A autora ainda divide o enredo nas duas visões do casal, mesmo se passando em uma única noite. Nada aqui se perde, pelo contrário, ganha uma vasta dimensão.

Confesso que julguei anteriormente quando a editora revelou a capa como um livro monótono e me enganei seriamente. A edição da editora Valentina como qualquer livro já publicado ficou muito caprichada e fiel. A tradução  e revisão ficou honesta e sem erros, fiquei horas olhando o cuidado da construção do livro. Fiquei muito surpreso mesmo!

Uma leitura bastante indicada para aquele leitor que gosta de arte com uma mistura de romance e descobertas. Leiam!!!!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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