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Resenha: O Martelo de Thor- Rick Riordan

O_MARTELO_DE_THOR_1475072923612140SK1475072923BNome do Livro: O Martelo de Thor
Nome Original: The Hammer of Thor
Série: Magnus Chase #02
Autor(a): Rick Riordan
Tradução: Regiane Winarski
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788551000700
Ano: 2016
Páginas: 400
Nota: 5/5
Onde Comprar: Compare Preços

Em A Espada do Verão, primeiro livro da série, os leitores são apresentados a Magnus Chase, um herói boa-pinta que é a cara do astro de rock Kurt Cobain. Morador de rua, sua vida muda completamente quando ele é morto por um gigante do fogo. Por sorte, na mitologia nórdica os heróis mortos vão parar em Valhala, o paraíso pós-vida dos guerreiros vikings. Lá, Magnus descobre que é filho de Frey, o deus do verão, da fertilidade e da medicina.Desde então, seis semanas se passaram, e nesse meio-tempo o garoto começou a se acostumar ao dia a dia no Hotel Valhala. Quer dizer, pelo menos o máximo que um ex-morador de rua e ex-mortal poderia se acostumar. Magnus não é tão popular quanto os filhos dos deuses da guerra, como Thor e Tyr, mas fez bons amigos e está treinando para o dia do Juízo Final com os soldados de Odin — tudo segue na mais completa paz sanguinolenta do mundo viking.Mas Magnus deveria imaginar que não seria assim por muito tempo. O martelo de Thor ainda está desaparecido. E os inimigos do deus do trovão farão de tudo para aproveitar esse momento de fraqueza e invadir o mundo humano.

Estamos de volta em mais uma aventura de Magnus Chase! Rick Riordan continua apresentando uma narrativa muito familiar e conhecida por todos os seus milhões de leitores espalhados ao redor do mundo, entregando um livro cheio de surpresas e muitas reviravoltas.

No segundo volume da trilogia, Magnus tem uma grande missão – recuperar Mjölnir, o martelo místico do deus nórdico Thor. Assim, impedindo que sua amiga case com um incrédulo gigante, sem contar com indícios do início do Ragnarök. Nosso herói une forças e como já é bastante conhecido ao lado de seus amigos vão atrás do objetivo correndo contra o tempo para encontrar o bendito martelo antes que tudo de ruim aconteça.

Para os amantes dos livros de Riordan, o primeiro livro da trilogia foi a introdução necessária para que pudéssemos caminhar por aqui. As histórias mitológicas de Riordan vão mais a fundo no segundo volume. Diferente de Percy Jackson, Chase tem um tom mais “certo”  ao descrever seus personagens. Um personagem que já foi morador de rua, uma valquíria muçulmana, um anão que luta contra preconceitos e um elfo mudo são personagens que me fez questionar quando conheci dentro da escrita do autor. Fora que em “O martelo de Thor” o autor introduz uma personagem que não se identifica com gênero masculino e feminino, desenvolvendo toda a trama fluidamente.

Hearthstone, protetor de Magnus é um personagem bem particular e ao mesmo tempo difícil. Guardando de casa momentos de sua história terríveis, ele fica obrigado novamente a revivê-las durante uma das missões para encontrar o finalmente martelo. E novamente como Percy, Magnus fica pronto para arriscar tudo pelo seus amigos: Hearth, Blitz, Sam e Alex. Samirah, está sendo obrigada pelo seu pai Loki a casar com o gigante Thrym. Pelo simples fato de poder recuperar o martelo de Thor, mesmo os heróis sabendo que há uma trapaça em tudo isso. Sam por outro lado se mostra como uma bravura e determinação, não mostrando medo do próprio destino. Medo do controle do pai e de não viver tudo o que sempre imaginou para si. Sam nunca perdeu sua personalidade. A menina muçulmana rodeada de crenças da própria família, disposta a lutar com tudo para proteger a si e seus amigos.

O sustento de Riordan pelos deuses é ao mesmo tempo irado. Thor com sua obsessão por canais televisivos, Heimdall como rei do selfie, Odin que não aparece mas tem ao lado sua importância e Sif seu grande orgulho, quando custam ajudam os heróis mas como é de se esperar se vangloriam com o mesmo. O humor do autor ainda é bem satírico e conhecido mesmo em algumas partes notei algumas mudanças.

Os personagens coadjuvantes também completam toda a história. Sem eles o enredo não andaria. E é notório o crescimento do personagem se comparado ao volume anterior. A sua reação aos perigos é muito legal, especialmente aos perigos caídos pelos amigos.

Alex é a nova personagem inserida na turma. E uma das grandes construções do autor ao inseri-la dentro do enredo. Descendente de Loki, petulante, autoritária, e adora peculiaridades. O gênero fluido dela é bastante necessário para equilibrar ao lado da turma juntar todos os segredos. Os diálogos desenvolvidos pelo autor somente crescem e eu fiquei impressionado com dois livros em andamento por ano ele ainda pensar em tudo com bastante cuidado, não é a toa que é um dos maiores autores.

Magnus Chase, com toda certeza é uma das maiores séries já escritas pelo autor até o momento, ganhando sem dúvidas de outras anteriores em minha concepção. Porque ele mostra a mitologia e questiona realidades que vivemos hoje.

A edição da editora Intrínseca permaneceu igual ao volume anterior. Não vi erros de tradução e tudo permaneceu digno das diagramações feitas para o autor.

Ao lado de um crossover fenomenal e novamente um final delirante, Rick Riodan abre caminho e entra de jeito no último volume que iremos poder conferir somente no final do ano. Nada para o autor estar bem, seu lado de preparar o leitor é enorme e matar do coração. Cuidado ao ler um livro dele se você tem algum problema cardíaco, ok?  Me despeço doido para que chegue a última aventura ao lado destes personagens que vão deixar saudades.

Trilogia Magnus Chase:

1 – A Espada de Verão

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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