Resenhas

Resenha: Silo, por Hugh Howey

SILO_1393363529PNome do livro: Silo
Nome Original: Wool
Trilogia: Wool #01
Autor(a): Hugh Howey
Tradutor: Edmundo Barreiros
ISBN: 9788580574739
Editora: Intrínseca
Ano: 2014
Páginas: 512
Nota: 5/5 + bônus + bônus
Onde Comprar: Compre Preços

O que você faria se o mundo lá fora fosse fatal, se o ar que respira pudesse matá-lo? E se vivesse confinado em um lugar em que cada nascimento precisa ser precedido por uma morte, e uma escolha errada pode significar o fim de toda a humanidade?Essa é a história de Juliette. Esse é o mundo do Silo. Em uma paisagem destruída e hostil, em um futuro ao qual poucos tiveram o azar de sobreviver, uma comunidade resiste, confinada em um gigantesco silo subterrâneo. Lá dentro, mulheres e homens vivem enclausurados, sob regulamentos estritos, cercados por segredos e mentiras. Para continuar ali, eles precisam seguir as regras, mas há quem se recuse a fazer isso. Essas pessoas são as que ousam sonhar e ter esperança, e que contagiam os outros com seu otimismo.

Desde quando vi pelo marketing da editora Intrínseca que Silo iria ser lançado, fiquei muito ansioso pela sua data. Comecei procurar saber sobre o livro no ano passado, fuçando mesmo outros blogs. Logo, como amante de distopias me apeguei ao enredo por ser tratar de algo novo e diferente de outros livros já conhecidos e ainda a alternância da escrita de muitos  autores. Fiquei muito empolgado primeiro pela história do autor e toda sua luta pela publicação, depois pelo envolvimento dos personagens e opiniões adversas de outros blogs muitos internacionais. Para ter uma noção, recebi o livro em uma sexta-feira e no domingo já havia terminado minha leitura. Só mesmo lendo para entender tudo o que muitos dizem e o que eu mesmo digo sobre esse mega livro.

Em Silo iremos acompanhar um mundo pós-apocalíptico (descubra todo o conceito clicando aqui). A Terra não é a mesma como imaginamos por algum motivo o ar que respiramos é mortal, rodeado por toxinas, poeira e vento. Algumas pessoas sobreviveram ao advento, essas pessoas, moram em um silo subterrâneo. O local possui mais de 144 níveis, interligados por uma escada central. Cada nível dentro do silo, possui um objetivo e deve ser respeitado. Nos níveis superiores: temos a Prefeita, a sala do xerife e do delegado, junto com suas selas. Nos outros níveis temos: as fazendas, que cultivam alimentos para todo o silo, o berçário (também uma espécie de hospital), dois outras delegacias em níveis intermediários e baixos, obedecendo a ordens da delegacia superior. Temos o estoque de bens duráveis, refeitórios, alojamentos, a mecânica (no nível baixo), local de grande destaque, acima temos a TI (responsável pela toda parte eletrônica e tecnológica e outras peculiaridades).

As pessoas são obrigadas a respeitar aquele governo totalitário, cada um possui o seu lugar, sua forma de trabalho. Para ter um filho, o casal precisa jogar em uma espécie de loteria, quando a sorte chega é permitido ao casal aumentar sua prole. Um aumento da taxa de natalidade. Os adolescentes mais novos são chamados de “sombra”, esses devem seguir os representantes desses níveis, trabalhando ao lado, até conseguir o que espera ser. Ainda bem no início da trama, conhecemos o que significa a “Limpeza” ( ato destinado pelo Prefeito ou pelo xerife) por um transgressor que quebra as regras do local ou simplesmente por ter desejo de sair do silo e ir para fora. Falar no mundo afora é proibido! Essas pessoas escolhidas, devem sair do Silo e ir limpar os sensores, câmeras pelas janelas. O que mais me deixou encabulado foi que essas pessoas recebem o destino, não querem limpar e acabam limpando por alguma força de vontade. Ficou curioso? Mistério que você leitor deverá procurar respostas ao longo do livro.

É pelos mistérios que o livro se divide em partes e se choca bem no início com a primeira: Holston. Muitos se enganam pelo nome da primeira parte, mas Holston é o nome do xerife do Silo, um cara muito responsável que de uma forma perdeu sua esposa para a limpeza. Allison pediu para sair do Silo depois de descobrir coisas referentes ao passado no último levante. Quem sabe poderia ser os motivos daquele governo esconder a verdade de sua população? Ela foi presa e condenada. E quem sai para a “Limpeza”, consequentemente acaba encontrando à morte. Os gases tóxicos matam a pessoa em minutos contados pela roupa confeccionada pela TI. O xerife Holston fica sem vida, dilacerado pela saída de sua esposa. Ele começa ficar quase louco, não se perdoa. Tudo amarrado pelo desejo sem nexo de sua esposa em sair para o mundo afora quando ele acaba decidindo fazer o mesmo. O resultado você leitor já pode imaginar, certo?

Hugh Howey acabei conhecendo pela sua escrita de Silo. Infelizmente não acompanhei seus contos antes de virar livros, quando eram divididos. O mais intrigante em sua obra, é que tudo o que acabei de falar para você, pode mudar de uma hora para a outra. Respostas que achamos que tínhamos, automaticamente é alternado por um novo conflito. A entrada da personagem Juliette, pela busca da prefeita Jahns e o delegado Marnes é bastante tentador, momento que que enredo abre e o autor desenrola com a trama. É nessa hora que conhecemos a ambientação do local e começamos a entrar de cara no enredo. O autor despeja conteúdo aos personagens em seus diálogos, no momento que conhecemos Peter, o chefe da TI – Bernard-, responsável ainda por outras confusões, armações e alternâncias dentro da obra. Jules (Julliete), a personagem central da trama me contagiou de tal forma, que fiquei me perguntando como Howey amarrou muito bem sua força, pretensões e desejos, apresentou ainda personagens carismáticos em que o leitor se apega e não quer mais largar ou terminar o livro. Dizer que um autor é “foda” é muito pouco. Ele é incrível e só você leitor lendo para entender tudo o que acabei de falar. O que você vai descobrir é muito pouco do que pode ainda vir!

O crescimento do enredo é enorme, suas 500 e poucas páginas ficam menores pelo alto conteúdo que o livro possui e despeja. É muita informação, e essas informações pelo que vi serão cruciais para as sequências em:  Shift (segundo volume) e Dust (terceiro e último volume). Você precisará ter muito fôlego, caro leitor! E ter cuidado com as mentiras, elas podem ser fatais ao lado de suas verdades.

A editora Intrínseca trabalhou muito bem na obra (marketing + preparação + amor = sucesso). A tradução é de Edmundo Barreiros, (que recebe minhas palmas de pé), ficou ótima, coesa, deslumbrante e de fácil entendimento. Mesmo que o livro é  seja escrito para adultos qualquer idade ficará doido para acompanhar mais um sucesso que entrou para uma das melhores leituras de 2014. A capa preservou com a original, parecendo com as capas da trilogia Cinquenta Tons de Cinza, também lançada pela mesma editora.

Enfim, o livro possui vários detalhes, ficar aqui escrevendo com toda certeza daria um grande livro ou correria riscos de revelar algo importante. Fica difícil escrever algo sem amarrar em outro fato. Desde a criação, diagramação, histórias da publicação e muito mais são quesitos essenciais que você j[a possui para ler  toda trilogia. Se você não conhece nada ainda, clique aqui.

Leiam!!!!Leiam!!!Leiam!!!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

One thought on “Resenha: Silo, por Hugh Howey

  • Oi, Philip.
    Eu fiquei morrendo de vontade de ler esse livro, mas por conta do problema que estou no ombro não quis participar dessa iniciativa da Intrínseca. De qualquer forma acho que vou pedir ele em breve!
    Beijos
    Camis

    Resposta

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