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Tomb Raider: A Origem

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Tomb Raider: A Origem (Tomb Raider, EUA, 2018)

Direção: Roar Uthaug
Roteiro:  Geneva Robertson-Dworet, Alastair Siddons
Elenco: Alicia Vikander, Dominic West, Walton Goggins
Produção: DC Entertainment, DC Comics, Warner Bros
Distribuidor brasileiro: Warner Bros

Lara Croft é a independente filha de um aventureiro excêntrico que desapareceu anos antes. Com a esperança de resolver o mistério do desaparecimento de seu pai, Lara embarca em uma perigosa jornada para seu último destino conhecido – um túmulo lendário em uma ilha mítica que pode estar em algum lugar ao largo da costa do Japão.

Lara Croft saiu mais uma vez do mundo dos games para passear pelas produções de Hollywood. Dessa vez na pele da atriz Alicia Vikander mostrando uma personalidade e um visual bem diferente da interpretação saudosa de Angelina Jolie.

Nesse reebot da história a personagem é retratada como uma menina rebelde, que decide se afastar do ambiente de luxo e riquezas deixado de herança pelo pai após este desaparecer  em uma expedição arqueológica. Lara trabalha como entregadora e se vira com a pouca grana que ganha do seu trabalho. Após entrar numa corrida ilegal de bicicleta em busca de grana para pagar as contas atrasadas,é presa e precisa ser resgatada pela sua tutora legal Ana Miller (Kristin Scott Thomas) que tenta mais uma vez fazer com que a jovem reconsidere receber o que é seu por direito.

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Ao concordar em finalmente encerrar este assunto e receber o império deixado pelo pai Lara recebe um objeto que parece um cubo mágico com uma mensagem de seu pai dentro, e então vem o start da trama. Ela descobre qual a razão da expedição do pai e vai atrás das pistas para ter realmente um conclusão sobre os acontecimentos misteriosos que envolvem o seu desaparecimento.

O filme traz muitas cenas de ação que lembram a interação de um videogame, dando a sensação de que a qualquer momento, se você tiver uma manete nas mãos, poderá controlar os personagens. Nesta adaptação do game a intenção é mostrar uma Lara menos super-heroína e mais humana, mais comum, mas isso é falho. Vikander interpreta a protagonista com uma uma sucessão de caretas e gritos agudos misturados com olhar de piedade. A personagem é rasa, com discursos ruins. Falta nela praticamente tudo para ter uma atuação que crie empatia no público. Em alguns momentos parece que se a personagem principal morrer ou desaparecer não fará nenhuma diferença.

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Mas esse peso não cai só sobre Vikander, o elenco todo é sem graça, não captam a atenção do público. Walton Goggins, que interpreta Mathias Vogel, é um vilão que parece estar louco após tanto tempo afastado da civilização, mas na verdade é só um personagem ruim dado á um bom ator. Dominc West como Richard Croft, pai de Lara, também sofre com um personagem ruim e fraco, com falas e presença desnecessária ao desenvolver da narrativa.

Os momentos finais do filme são talvez os que valham mais a pena, pois após muitas explosões, efeitos de computador dignos de cenas de vídeo game e diálogos ruins a ficha de Lara parece finalmente cair e o final é um grande gancho para uma sequência.

É com certeza uma responsabilidade refilmar uma história que já foi contada e que vem de um universo tão diferente como o dos games, os dois filmes protagonizados por Angelina Jolie fizeram sucesso e se tornaram uma referência para as pessoas que não acompanham os jogos saberem quem é a personagem. Difícil não comparar, mas se precisasse escolher uma das duas sequências, definitivamente, eu assistiria mais uma vez a Jolie.

 

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