Uma manhã “Negra”.

Em uma manhã do último dia 07 de abril de 2011, a bençam de seus filhos a seus pais foi para muitos um adeus que ninguém imaginava, em um local de ensino, seus pais não veriam seus filhos chegarem em casa, vidas que morreriam junto para sempre.

Gritos dos familiares na corda de isolamento.

Vejam o que aconteceu:
1- Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, chegou a escola Tasso da Silveira, em Realengo,  zona oeste do Rio de Janeiro, por volta das 8h, e teve a entrada facilitada por causa da comemoração dos 40 anos da escola. Ele estava armado com dois revólveres ( calibres 38 e 32), um cinto com munição e entre 10 e 12 carregadores especiais
2- Ele subiu até o 2º andar e entrou na primeira porta à esquerda, onde fica a biblioteca, e foi reconhecido por uma professora, identificada como Doroteia,que perguntou se ele estava lá para participar de uma série de palestras com ex- alunos. Wellington respondeu que sim.
3- Em seguida, ele entrou na sala que fica ao lado da biblioteca, disse que iria dar a palestra, colocou a bolsa que carregava em cima da mesa, de onde tirou o cinturão com a munição e as armas e começou a atirar. Crianças e adolescentes que estavam nas salas próximas se esconderam debaixo da mesa e se jogaram no chão.
4-Orientados por professores , dois jovens que foram feridos correram para a rua e abordaram uma viatura policial que participava de uma operação do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro) a duas quadras dali. Os policiais conduziram os jovens para o hospital e o oficial Alves, 3º sargento da PM, seguiu para a escola.
Wellington morto após ter suicidado.
5- Os funcionários e alunos que estavam no 3º andar correram para um auditório no quarto andar e bloquearam a porta com armários. Wellington entrou numa segunda sala, ainda no segundo andar, e efetuou mais disparos. Ao sair dessa sala,  o atirador foi baleado na perna e conseguiu correr para a escada que da acesso ao terceiro andar, onde se matou. Antes de morrer, ele teria efetuado entre 38 e 50 disparos no massacre que teria durado 12 minutos.
Mortos = 10 meninas, 2 meninos, e o próprio atirador Wellington após suicidar.
Feridos= 03 meninas, 07 meninos e dois não identificados.
Créditos de texto e imagem: Terra Networks
Homenagens de frente a escola.
A história não termina por ai, fiscalizados pela policia, e por jornalistas, encontrou uma comunidade  no site de relacionamentos orkut, numa comunidade chamada NO ESCURO, de um fake chamado Balsamário, em conversa com uma outra pessoa, em um tópico de bullyng, que aconteceria um massacre X na manhã do dia tal, e que essas pessoas iam pagar por todo constrangimento que o fez passar quando estudou no lugar X. Em resposta, a outra pessoa cita que fará a mesma coisa em uma outra escola, numa segunda- feira.
Meus amigos leitores, pensam, como estão esses pais, essas crianças que não voltaram para casa, até mesmo a cabeça das que voltaram e de todos que estavam presentes no momento.Em consequência, o cara era doido, com sentimento de vingança por todo um possível constrangimento que o fizeram naquela escola, chega com outras pessoas e começa a disparar. E me pergunto, o porque de escolher só mulheres? No passado muito se crítica por ter começado com todo o problema que o fez o atirador passar. Uma gravidade enorme que vemos se esse fato for mesmo verídico, porque hoje no Brasil, muitos adolescentes sofrem por BULLYNG, piadas por colegas de escola que não gostam e guardam para si. Uma gravidade tão grande que os pais devem conversar com seus filhos, sobre TUDO que acontece na vida, o desenvolvimento da criança até a fase adulta. O mundo está mudando de tal forma, que qualquer coisa é motivo de chacota, isso trazendo consequências terríveis, como vimos nessa última semana. 
 Um cara que não teve esse controle de seus pais, que fez o que fez, por vingança ou sentimento de dor que veio guardando a anos, uma pessoa que já estava formada, ou despertou esse sentimento de vingança com ajuda de terceiros. Mas em praxe o crime aconteceu,  e penso eu, quando ele viu, sentiu após o tiro do sargento que não teria como escapar, resolve se matar. E ronda uma carta por ele, que pede desculpas a Deus. Leitores, estamos, acredito, exausto, toda semana, ver, ler, ouvir noticias de mortes. Porque se a pessoa queria mostrar para a mídia, conseguiu. Se continuarmos desse jeito, o capitalismo, a tecnologia, está trazendo o fim do mundo, com todos esses acontecimentos. E lembrem, estamos ainda em Abril. Quais serão as próximas páginas desse ano? Resposta que não poderemos passar.
Converse sempre com seus filhos, e que nosso senhor Deus proteja e ilumine essas famílias, amigos e parentes, que essas crianças possam se tratar com um psicólogo e voltar a suas vidas normais. E que essas que partiram cedo, sejam acolhidas e preparadas para a vida eterna. Dores que algum dia vão apagar, mas as saudades serão eternas.
Queremos PAZ. 

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

9 thoughts on “Uma manhã “Negra”.

  • é muito complicado mesmo… uma mente descontrolada foi capaz de ferir tantas crianças inocentes…

    =/

    Só nos resta rezar por essas familias que ficaram sem seus anjinhos…

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  • Lindo, triste e bem informativo o texto.É o pior e que estamos apenas em Abril e tantas coisas ruins já aconteceram.
    No meu blog eu tbm falo sobre o assunto…

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  • Antes tivesse apenas “ferido”, ele matou mesmo.
    Philzinho, eu também tive o mesmo pensamento que você, estamos só em abril e já aconteceu tanta coisa dignas de causar espanto! Eu quero acreditar que vai melhorar!
    Acho muito bom teu espaco porque você deixa todos os fatos registrados, e esse blog poderá se tornar uma bela fonte de informacoes, assim sendo.
    Um beijo de luz para todos nós!

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  • Isso é tão triste q eu nem sei o q dizer, mas espero q as familias dessas crianças e as crianças consigam ter uma vida tranquila daki por diante

    Bjs

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  • Philip … belo texto.
    Uma tremenda covardia, um crime bárbaro … mas me ponho a pensar e re-pensar…será que uma sociedade que exclui e que marginaliza, não cria seus próprios criminosos?

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  • Acho que bullying, religião, crença, ou o que quer que seja, não justifica o injustificável. Como se diz “explica, mas não justifica”. Ainda estou em choque com isso tudo e nem consigo imaginar a dor dessas famílias e o trauma – que as crianças que sobreviveram – terão que levar para o resto de suas vidas. Paz e bem!
    beijos

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  • Às vezes quando estou dando aula lembro dos noticiários e fico pensando na situação… dá arrepios!

    Bom fds!
    Cheirinhos

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