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Crítica “Lou”

Lou (Lou Andreas-Salomé, 2016)
Duração: 1h 53min
Diretora: Cordula Kablitz-Post
Roteiristas : Cordula Kablitz-Post, Susanne Hertel
Elenco: Katharina Lorenz, Nicole Heesters, Liv Lisa Fries,
Matthias Lier, Katharina Schüttler, Katharina Schüttler,
Alexander Scheer, Julius Feldmeier, Peter Simonischek
Merab Ninidze, Petra Morzé
Gênero: Drama, Histórico, Biografia
Classificação indicativa: 16 anos

A escritora e psicanalista Lou Andreas-Salomé decide reescrever suas memórias aos 72 anos. Ela relembra sua juventude em meio à comunidade alemã de São Petersburgo. Desde criança, sonhava em ser intelectual e estava determinada a nunca se casar ou ter filhos. Além de trabalhar com nomes famosos, ela escreve sobre os relacionamentos conturbados com Nietzsche e Freud, além da paixão por Rilke e conflitos entre autonomia e intimidade, junto com o desejo de viver sua liberdade.

Cordula Kablitz-Post nos apresenta Lou Andreas-Salomé, famosa escritora e psicanalista alemã oriunda da Rússia. Lou foi uma mulher a frente do seu tempo que quebrou barreiras. Foi talvez o único amor do psicanalista Nietzsche. Ela conviveu, inspirou-se e foi inspiração das mentes mais brilhantes de do final do século XIX e início do século XX. Dentre elas se destacam o filosofo Paul Rée e Friedrich Nietzsche, o poeta Rainer Maria Rilke, o psicanalista Sigmund Freud e o jovem filólogo Ernst Pfeifer.

O filme começa com Lou já na terceira idade contando sua historia de vida ao jovem Ernst. Com uma narrativa elegante o filme é um esplendoroso retrato de uma força feminina. Uma obra acessível sobre uma das grandes mentes do século passado que nos inspira a conhecer e estudar vida e obra da escritora e psicanalista.

A diretora de Lou optou por uma narrativa convencional e típica das cinebiografias. O filme possui desenvolvimento lento, porém  bem executado acompanhado de uma bela fotografia. Ambientado no século XIX o designer de produção concentra-se basicamente nos ambientes interno, jardins e figurinos. Quando precisa mostrar a rua, viagens ou passagem de tempo Cordula utiliza um recurso engenhos de animar cartões postais da época, inserindo as personagens sobre eles podendo ser considerada umas das soluções criativas do filme.

 


O filme Lou brilha e reforça a personalidade dessa mulher libertaria inquieta e a frente do seu tempo que mesmo no século XIX já explora questões do feminino tão atuais e pertinentes na atualidade.

Nota: 4/5

Assista ao trailer aqui:

 

3 thoughts on “Crítica “Lou”

  • Karina Rocha

    Banaca ver filmes biográficos, ainda mais quando fala de uma mulher muito inteligente, podemos nos aprofundar em como foi uma parte de sua vida.

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  • Luana Souza

    Que biografia incrível, adoro filmes que nos trazem mulheres tão guerreiras ainda mais Lou que viveu em uma sociedade ainda mais machista que a de hoje. Adorei saber de suas paixões por Nietzsche e Freud

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  • Nathalia silva

    Retratar mulheres fortes até certo ponto desconhecidas do grande público é algo mais que bem-vindo. Lou é uma obra que tem esse cunho e que apesar da narrativa meio lenta é algo bom de ser apreciado.

    P.S. Amei o recurso de usar animações nos cartões postais.

    Resposta

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