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Crítica| Os Órfãos

Os Órfãos (The Turning. EUA, 2020)

Direção: Floria Sigismondi

Distribuidor: Imagem Filmes

Sinopse: O longa nos levará para uma misteriosa propriedade na zona rural de Maine, onde a recém-chegada babá Kate é encarregada de cuidar de dois órfãos perturbados, Flora e Miles. Rapidamente, ela descobre que tanto as crianças quanto a casa escondem segredos obscuros e as coisas podem não ser como aparentam ser. Inspirado no conto `A Volta do Parafuso´, de Henry James.

 

 

Estreia hoje nos cinemas, Os Órfãos, a mais nova adaptação cinematográfica  da Obra escrita por Henry James,  A Volta do Parafuso, publicada em 1898. Estrelado por um elenco que pode ser considerado invejável, composto por Finn Wolfhard, um dos principais atores da série Stranger Things, Mackenzie Davis e Joely Richardson, este longa promete mais do que consegue entregar.

Não é possível compreender de forma clara o objetivo da diretora Floria Sigismondi, uma vez que o enredo acabou ficando um pouco confuso, limitado e superficial. Este longa é tão raso, que chega a duvidar da capacidade intelectual de seus telespectadores. O roteiro é bem clichê e recheado de sustos baratos ministrados a cada 5 minutos. A história é clássica, uma professora alegre e feliz que vai trabalhar em uma mansão estilo castelo horripilante – cheia de alas proibidas, porões escuros e assustadores, estátuas, mistérios – onde ministra aulas particulares para uma garotinha órfã, que mora com seu irmão exótico e uma governanta assustadora. Durante todo o filme somos conduzidos para um raciocínio baseado no sobrenatural, com fantasmas e espíritos malignos que justificam  portas fechando e máquinas ligando sozinhas, até que em um ato desesperador, numa tentativa de salvar o longa nos últimos minutos, os diretores decidem redirecionar a base do filme para o psíquico da professora, que em determinado momento chega até mesmo a duvidar da sua sanidade mental. 

Costumo pautar minhas críticas em cima do que foi idealizado pelo Diretor para o filme, na perspectiva de que em sendo atingidos os objetivos propostos, deve-se um apreço a todo conjunto da Obra, desvinculando as opiniões particulares e classificando de forma justa o filme em sua prateleira.  Afinal de contas, o cinema é uma grande arte, e como qualquer outra, compreendido por ótimos trabalhos e outros não tão ótimos assim. Existem muitas formas diferentes de se dizer algo sobre alguma coisa, mas em se tratando de um filme como este, escolher a maneira mais gentil, pode ser uma tarefa um tanto quanto desafiadora. 

Uma grande viagem! Estranho, desesperado, genérico, e até um pouco exasperador, este longa infelizmente deixa por merecer a tradicional e clássica expectativa pelo terror em Mansões Assombradas.

Aguardemos as próximas produções do gênero, na torcida de que sejam mais promissoras do que esta.

 

 

Trailer Oficial:

Trailer Of

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