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Celular – Stephen King | Resenha

Título: Celular
Título Original: Cell
Autor: Stephen King
Tradução: Fabiano Morais
Ano publicação: 2018
Editora: Suma
Páginas: 384
Onde Comprar: Amazon

Em Celular, King leva o medo da tecnologia e do terrorismo digital às últimas consequências. De uma hora para outra, telefones celulares se tornam os responsáveis pelo apocalipse, ao apagar do cérebro de milhões de pessoas qualquer traço de humanidade, deixando no lugar apenas violência e impulsos destrutivos.

Aqueles que não possuem um celular, como o artista gráfico Clayton Riddell e seu pequeno grupo de normies – pessoas que não sofreram o ataque -, agora lutam por sobrevivência. Enquanto batalha para chegar a um lugar seguro e reencontrar sua família, Riddell se vê cada vez mais rodeado por caos, carnificina e uma horda terrível de humanos que foram reduzidos aos instintos mais básicos… mas que parecem estar começando a evoluir.

Clay Riddell está passando por problemas financeiras e conseguiu assinar um contrato de publicação de suas histórias em quadrinhos, mas toda felicidade de compartilhar essa notícia para sua ex-esposa e seu filho advém do caos que a cidade do Maine chamado O Pulso.

O principal suspeito de ter ativado o caos naquele lugar é um objeto pequeno usado para se comunicar com as pessoas: o celular. As pessoas se tornaram agressivas, com direito a um atacar o outro. Clay quase foi atacado e conseguiu se defender. Ele não foi afetado por sentir repulsa a celulares. Mas ao mesmo tempo que ele conseguiu se safar, lembrou da ex-esposa e seu filho. Ele se junta a outros que estão em busca de sobrevivência, e logo se refugiam no vilarejo Gaiten, na Academia Gaiten. Esse lugar será onde encontrarão respostas.

Mais um livro que tenho contato com a escrita de Stephen King e mais uma vez o autor não decepcionou. Dessa vez, apesar de uma trama sangrenta, o senhor traz como plano de fundo uma crítica social forte e reflexiva: o uso excessivo dos celulares.

A trama nos faz lembrar os filmes de zumbis, destacando A Noite dos Mortos-Vivos. Os que foram afetados, conhecidos como fonáticos, estão à procura além de cérebro, estão a procura da morte de quem está em sua frente. E no início do livro eles estão em um nível, mas aos poucos os personagens vão descobrir que a cada dia os fonáticos estão evoluindo e ficando cada vez mais fortes.

Além da crítica que King faz pelo consumo excessivo de celulares e tecnologia, ele procura também trabalhar as relações interpessoais dando ênfase à sobrevivência. Portanto, poderemos ver um grupo de pessoas que se conheceram tão somente por conta de um epidemia que se alastrou e estão ali unidos unicamente para se sobreviver.

O autor além de trazer uma narrativa descritiva e sangrenta, também traz momentos mais leves, para não deixar a história pesada e seguindo apenas um trajeto. Sendo assim, King consegue costurar a trama com maestria, inserindo personagens com histórias e bagagem que agregam ao livro como todo.

A escrita do autor continua fascinante e eletrizante, fazendo com que o leitor tenha a curiosidade de conhecer mais os personagens e o fim de Clay, pois em meio tantas histórias sendo contadas, o foco principal é a sobrevivência de Clay em busca de sua ex-esposa e filho. Portanto, essa trajetória será carregada de drama e ação.

A trama que originalmente foi publicada em 2006, está sendo republicada pela editora Suma com uma capa moderna. Para quem está querendo começar a ler algum livro do autor é uma ótima recomendação, por não ser um livro tão grande e poderá tirar suas conclusões de sua escrita com um livro que trata de uma abordagem atual.

Para quem não sabe, o livro foi adaptado em 2016, com o título Conexão Mortal recebeu muitas críticas negativas.

Jornalista como profissão e bookaholic por prazer. Amo livros, especialmente os New Adults. Sou viciado em séries, mas sempre paro pela metade para começar outras. Aerosmith, Bom Jovi e todas essas bandas antigas são minhas preferidas. Aliás, sou extremamente nostálgico.

Luke

Jornalista como profissão e bookaholic por prazer. Amo livros, especialmente os New Adults. Sou viciado em séries, mas sempre paro pela metade para começar outras. Aerosmith, Bom Jovi e todas essas bandas antigas são minhas preferidas. Aliás, sou extremamente nostálgico.

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