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Livro: Os Imortalistas – Chloe Benjamin

Titulo: Os Imortalistas
Autor: Chloe Benjamin
Ano: 2018
Páginas: 320
Editora: HarperCollins Brasil

Nova Iorque, 1969. No Lower East Side de Manhattan, os irmãos Gold ouvem rumores sobre a chegada de uma vidente que se diz capaz de anunciar a data da morte de qualquer pessoa, e decidem então escapar de casa sorateiramente para descobrirem sua sorte. As profecias informam precisamente as datas que definirão os cursos de suas vidas. Simon, o caçula de ouro, escapa para a costa leste, em busca do amor na São Francisco dos anos 1980; a sonhadora Klara se torna uma ilusionista em Las Vegas, obcecada em misturar realidade e fantasia; Daniel luta para de manter seguro como médico do exército após o 11 de setembro; e Varya, a amante dos livros, se dedica a pesquisas sobre longevidade, nas quIs ela testa os limites entre a ciência e imortalidade. Mas nada na vida dos irmãos Gold será capaz de acalmar seus corações. Um romance notavelmente ambicioso e profunso, com uma brilhante história de amor familiar, Os imortalistas explora a linha tênue entre o destino e escolha, realidade e ilusão, este mundo e o próximo. É uma prova emocionante do poder da literatura, da essência da fé e da força inplacável dos laços familiares.

O que você faria se soubesse o dia de sua morte? Eu, sinceramente, não gostaria de saber e acho que os personagens do livro não deveriam ter sabido.

O livro é dividido em um prólogo, quando os irmãos vão à casa da vidente e depois em 4 partes, sendo cada uma sobre cada irmão e como cada um deles lidou com sua vida após o fatídico dia.

O ponto forte do livro é justamente esse.  Acreditando ou não nas palavras dela, fato é que cada um conduziu sua vida sabendo exatamente quando tudo terminaria.

Em determinados momentos vi Simon lidar com a vida como se não houvesse amanhã.

No caso de Klara, acho que determinadas decisões poderiam ser evitadas e até hoje não aceito que ela fez determinadas coisas. Penso que talvez ela não agiria assim se não soubesse a data de sua morte.

As atitudes de Daniel foram, se não as mais louváveis, as mais condizentes, sobretudo por ele ser o mais machão e mais descrente em relação às palavras da vidente.

Sobre Varya não há muito o que dizer, talvez a vida tem sido mais benevolente para com ela. Mas vamos deixar os detalhes para quando você ler a história.

Ao longo da leitura fui tomada por vários sentimentos. Queria que tudo desse certo para os irmãos Gold e que a vidente eztivesse errada. Em seguida, sentia que eles podiam ter agido diferente em relação às suas vidas e mortes.

Senti mais empatia por Simon e Klara ao longo do livro. Torci demais por eles e sofri junto, sorri, chorei.

Ao fim da leitura fiquei pensando na forma como nós, que não sabemos quando vamos morrer, lidamos com a vida do jeito que achamos que é correto, ou não. Se soubessemos a data exata, será que faríamos diferente? E ainda que nao saibamos, será que há algo que podemos fazer diferente? Melhor? Pior? Eis a questão.

Afinal, todos vamos morrer, certo? Mas é muito mais fácil pensar nisso quando não sabemos o dia certo. Sombrio? Isso porque você ainda não leu o livro! Mas deveria.

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