Resenhas

Resenha: Fablehaven, por Brandon Mull

FABLEHAVEN_ONDE_AS_CRIATURAS_MAGICAS_SE_1341726533PNome do livro: Fablehaven- Onde as criaturas mágicas se Escondem
Nome Original: Fablehaven
Tradução: Alexandre D’Elia
Série: Fablehaven #01
Autor(a): Brandon Mull
ISBN: 9788561384982
Páginas: 368
Editora: Rocco Jovens Leitores
Ano: 2010
Avaliação: 3.5/5
Onde Comprar: Compare Preços

Enquanto seus pais viajam num cruzeiro pela Escandinávia, os irmãos Kendra e Seth, de 13 e 11 anos, respectivamente, vão passar férias na casa dos avós Sorenson, com quem quase nunca tinham estado. Mal podiam se lembrar de haver passado algum tempo com eles, a não ser em visitas pouco frequentes e breves demais para que surgisse algum laço verdadeiro. Kendra sabia que a avó havia lecionado história em alguma faculdade e que ele havia viajado muito, tocando um pequeno negócio de importação. Moravam numa propriedade herdada na época em que seus pais se casaram.Durante séculos, criaturas místicas foram reunidas em um refúgio oculto chamado Fablehaven, um verdadeiro santuário que existe para impedir a extinção de gnomos, fadas, bruxas e todo tipo de seres encantados, cercado e protegido por leis ancestrais. Kendra e Seth não imaginam que seu avô é o atual administrador desta floresta mágica. A floresta é cercada e protegida por leis antigas, que mantêm a ordem entre trolls gananciosos, sátiros maliciosos, bruxas conspiradoras, diabretes rancorosos e fadas ciumentas. Mas quando as regras são quebradas, as consequências são inevitáveis. Kendra e Seth terão, então, que enfrentar os maiores desafios de suas vidas, como combater uma bruxa diabólica e um poderoso demônio para preservar a região e impedir que a praga que transforma criaturas da luz em criaturas da escuridão se dissemine.

Seres mágicos existem! Assim como outras criaturas que estão em extinção e precisam se esconder em reservas secretas com suas leis e obrigações localizadas em diversos locais do mundo. Porém, a quantidade de reservas mágicas está se esgotando por algum motivo e somente nossos novos protagonistas serão responsáveis por resguardar o futuro desses seres, manter a boa ordem e evitar que demônios se unam com uma organização perversa  para destruição de Fablehaven. É nessa premissa que conheci o livro por outros blogueiros e logo me chamou atenção das ilustrações e a narrativa do autor Brandon Mull. Não deu outra, foi leitura na certa!

Os pais de Kendra e Seth, quatorze e onze anos respectivamente, estão de saída para um cruzeiro na Escandinávia. Ambos vão  passar quase três semanas na propriedade de seus avós Sorenson. O que eles não imaginavam encontrar é um local enorme, cercado por floresta, vegetações por quilômetros, em uma mega fazenda. Ambos os nossos novos heróis nunca foram para a casa de seus avós e é a primeira oportunidade de conhecê-los. Mesmo não querendo ir para o local, acabam aceitando o pedido dos pais uma vez que o cruzeiro foi presente de seus avós por parte de mãe e não poderiam faltar.  Chegando ao local, as crianças acabam conhecendo seu avô Sorenson, e logo deixa bem claro que eles irão dormir no sótão, a floresta é proibida, e o risco de carrapatos é enorme. Eles só podem ficar perto do jardim, onde o avô junto com a empregada Lena deixou vários brinquedos para eles durante o dia quando o avô não estiver presente.

Antes de sair o avô entrega Kendra algumas chaves para descobrir onde elas se encaixam nos móveis do sótão. O que ele não imaginava é que a garota ia realizar o feito em um único dia. Desvendando as chaves e um diário misterioso. Enquanto Seth, não consegue ficar preso e acaba se aventurando pela floresta e acaba entrando numa fria ao conhecer uma bruxa chamada – Muriel. Logo a confusão será armada, enquanto Kendra descobre algo relacionado com o leite e como Dale fica estranho quando ela pergunta o motivo de dar leite todos os dias para borboletas. O que seu avô e seus criados não esperavam é que ela tinha descoberto algo muito além do que eles não sonhavam imaginar.

O enredo se desenrola com tanta facilidade que o autor vai jogando as verdades para cima do leitor e tudo o que queremos descobrir sobre Fablehaven é feito. O mais interessante é quando seus sobrinhos contam ao avô- Stan Sorenson, e o enredo vai ficando cada vez mais interessante. Seth é um menino que cria muitas confusões, até ele receber seu troco que levará novamente todos a pegar um preço muito alto com a bruxa novamente e desatar mais um nó em sua prisão (também explicado no livro).  Por aqui iremos encontrar, golen, trolls, bruxas, demônios, fadas, Náiades e outros seres. Até mesmo uma vaca será importante dentro do enredo.

“- Fablehaven? – repetiu Seth.- O nome que os fundadores deram a essa reserva séculos atrás. Um refúgio para criaturas místicas, uma intendência passada de zelador a zelador ao longo dos anos.”

Brandon Mull apresenta uma narrativa em terceira pessoa, deixando ambos os personagens participarem com diálogos dentro do enredo. A narrativa de início pode soar meio infantil, mas aos poucos vai crescendo de uma forma contagiante que não conseguimos mais largar o livro, sem atropelos. Os problemas que ambos os personagens vivem são contagiantes e te faz entrar na narrativa. Com muita história, magias, amuletos, livros antigos, quesitos necessários para os próximos volumes. Fiquei ainda curioso  como eles encontraram sua avó e como tudo decorreu. Se eu contar mais ou pouco será revelado spoilers, então resolvo parar por aqui.

Em Fablehaven o solstício de verão, o de inverno pode trazer conseqüências ainda piores do que nossos protagonistas possam imaginar. E aqui é o ponto alto da trama que você leitor deverá adivinhar antes de seguir em frente nessa incrível aventura. A editora Rocco ganhou muito em trazer o livro para o Brasil, se uma série de cinco volumes, acredito que todos já foram lançados. A diagramação ganha muito no quesito “cuidado” com suas folhas amarelas, o que por outro lado parte do acabamento decepciona. Pelo livro ser menor e mais de 300 páginas a cola das bordas soltam e logo o livro se abre. Tive que passar cola no fechamento do livro senão tudo iria ficar destruído. O que não poderia acontecer, uma vez que, em diversos sites os livros ainda se encontram com preços salgados. Por outro lado, se a série ficasse mais conhecida, acredito que esses preços iriam cair e logo todo mundo poderia ler as aventuras de Seth e Kendra. A tradução de Alexandre D’Elia ganhou todo o meu mérito, um livro juvenil não poderia apresentar colocações difíceis, o que não ocorreu. As ilustrações ganham, sim! O livro apresenta ilustrações ao longo da trama. Essenciais para nossa compreensão!

Logo irei trazer a resenha do segundo volume e tenho certeza se vocês ficaram órfãos de Harry Potter, Fablehaven é uma ótima opção! Leiam!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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