Resenha: Ladrões de Sonhos, por Maggie Stiefvater

Nome do livro: Ladrões de Sonhos
Nome Original: The Dream Thieves
Série: A Saga dos Corvos #02
Autor(a): Maggie Stiefvater
Tradutor: Jorge Ritter
Editora: Verus
ISBN: 9788576863212
Ano: 2014
Páginas: 434
Nota: 5/5
Onde comprar: Compare Preços

Ladrões de sonhos, o segundo volume da Saga dos Corvos, traz de volta a imaginação selvagem e as reviravoltas eletrizantes que somente uma autora original como Maggie Stiefvater é capaz de criar. Ao lado de Blue, os garotos corvos — o privilegiado Gansey, o torturado Adam, o espectral Noah e o sombrio e perigoso Ronan — continuam sua busca pelo lendário rei galês Glendower. Mas suas explorações enfrentam um duro contratempo conforme segredos, sonhos e pesadelos começam a enfraquecer a linha ley — um canal invisível de energia que conecta lugares sagrados e que pode levá-los até o rei. Será por isso que a floresta mística de Cabeswater sumiu inexplicavelmente? Quem é o misterioso Homem Cinzento e por que ele está procurando o Greywaren, uma relíquia que permite tirar objetos de sonhos? E o que isso tem a ver com o indecifrável Ronan? Conforme Blue e os garotos corvos procuram respostas a essas e outras questões, o perigo que os envolve se torna cada vez mais real, e será preciso apostar todas as fichas nessa aventura enigmática.

Se em os Garotos Corvos – Gansey, Ronan, Adam e Noah, deixaram pontas de curiosidade. Em Ladrões de Sonhos a autora foi muito além. O cansaço reclamado na resenha anterior ficou de lado nesse segundo volume, a autora sempre me surpreendeu e por aqui não foi diferente. Cuidado com spoilers do primeiro volume!

Desta vez retomamos onde tudo parou. Mais precisamente iremos aprofundar em Ronan, um dos garotos corvos. Ele possui a capacidade de tirar algo (objetos) dos sonhos. Legal, não? Mas até que ponto tudo isso pode ser sadio? Eles continuam na busca do rei Galês Glendower. Porém, o problema são as linhas Leys meio que enfraquecidas. Sem elas, é impossível descobrir onde se encontra Glendower. Os garotos sempre acharam que poderiam esconder tudo, mas como tudo está emergindo as coisas estão meio que confusas e se tornando perigosas.

Noah, outro dos garotos corvos, não pode acompanhá-los. Na cidade de Henrietta as forças estão enfraquecendo e Adam já não sabe quem ele realmente seja (dúvidas e muitas incertezas). Ronan ainda começa a temer e os segredos vão emergindo, como o de seu pai que foi morto para esconder friamente dos mesmos. Até que o Homem Cinzento, espécie de matador de aluguel, aparece e começa a querer uma espécie de Greywaren (segredo até então escondido pelo pai de Ronan). Confuso, não? Calma. É necessário realmente ler para que a compreensão bata com minhas palavras.

Maggie Stiefvater jorra informações nesse segundo volume. Por aqui, a voz é de Ronan e todos os seus medos, segredos e anseios são postas em prova. Os problemas com sua família remetida ao assassinato frio de seu pai e os problemas com seus irmãos (Declan e Matthew). Fora outras pessoas que tentam de tudo para se encrencar com Ronan. Sim, garoto difícil! Blue desta vez, esta meio preocupada com o beijo mortal de Adam, deixando-a meio confusa e ao lado dos garotos corvos. E retirando as partes negativas, Gansey se mostra muito fiel ao garoto, ao meio de tanto caos.

O interessante nas obras da autora, é que ninguém em si se torna personagem secundário. As videntes da rua Fox. 300 também possuem seus méritos e todos os outros garotos corvos escondem segredos que se juntam ao enredo principal. Ainda mesmo que o foco central por aqui, como já evidenciado, seja somente em Ronan, todos ganham destaques e suas incógnitas deixam a cabeça do leitor pegando fogo. O que, por outro lado, torna a leitura viciante e muito cativante. A construção e amarras acabam chamando muita atenção, quando achamos que o foco principal é em um, a autora brinca como um quebra cabeças e deixa para o leitor montá-lo fundamentando sua compreensão.

A edição da editora Verus se manteve como a capa original. A tradução ficou digna de aplausos pelo cuidado e coerência. A capa em si fica com grande destaque em uma estante de livros. O desfecho é novamente angustiante e a espera é quase impossível.

Estou muito curioso pela sequência! Quando um livro termina escrito por Stiefvater, a saudade aumenta e a ansiedade pipoca em nossas mentes pela necessidade de ter logo o próximo volume. Ainda irei entender como ela escreve tão bem. Quais os segredos? Magias? Acredito que tudo isso remeta ao amor e uma preparação enorme para amarrar tudo em seu devido tempo. Imaginando tudo isso nas telonas do cinema. Já imaginaram? Leia!!!