Resenhas

Resenha: Mar da Tranquilidade, por Katja Millay

MAR_DA_TRANQUILIDADE_1408637710B Nome do livro: Mar da Tranquilidade
Nome original: The Sea of Tranquility
Nome do autor(a): Katja Millay
Tradução: Carolina Alfaro
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580413250
Ano: 2014
Páginas: 368
Nota: 5/5
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Nastya Kashnikov foi privada daquilo que mais amava e perdeu sua voz e a própria identidade. Agora, dois anos e meio depois, ela se muda para outra cidade, determinada a manter seu passado em segredo e a não deixar ninguém se aproximar. Mas seus planos vão por água abaixo quando encontra um garoto que parece tão antissocial quanto ela. É como se Josh Bennett tivesse um campo de força ao seu redor. Ninguém se aproxima dele, e isso faz com que Nastya fique intrigada, inexplicavelmente atraída por ele.A história de Josh não é segredo para ninguém. Todas as pessoas que ele amou foram arrancadas prematuramente de sua vida. Agora, aos 17 anos, não restou ninguém. Quando o seu nome é sinônimo de morte, é natural que todos o deixem em paz. Todos menos seu melhor amigo e Nastya, que aos poucos vai se introduzindo em todos os aspectos de sua vida.À medida que a inegável atração entre os dois fica mais forte, Josh começa a questionar se algum dia descobrirá os segredos que Nastya esconde – ou se é isso mesmo que ele quer.

É muito engraçado quando diversas pessoas comentam um livro e você ainda não conhece a dimensão que ele possa chegar. Falo isso dos sentimentos que você possa nutrir ao concluir sua leitura. “Mar de Tranquilidade”, livro de estreia da autora Katja Millay fez eu sentir tudo isso. Devorei em pouco tempo e quando havia assustado já tinha terminado o próprio livro.

Nastya Kashnikov perdeu toda a sua privacidade, sua voz e quase tudo que tinha e guarda um grande segredo. Depois de mudar de cidade para escapar de seu passado meio que sombrio, o seu caminho acaba se cruzando com Josh, outro personagem que diferente dela que guarda algo e não quer contar, ele já deixa claro que toda a pessoa por sua volta acabam sofrendo com perdas. Tudo foi retirado aos poucos dele, e aos seus 17 anos as pessoas não beiravam mais ficar ao seu lado. A única pessoa que fica ao seu lado é Drew, mesmo sua família o protegendo, Josh nunca voltou a amar, sinônimo de possuir medo e de algo acontecer.

Como mencionado acima, os dois “antissociais” acabam se esbarrando e deixando-a mais intrigada quando percebe que ninguém chega ao lado dele. Os dois acabam se conhecendo e envolvendo. Porém, até quando Josh vai aceitar a garota escondendo diversos segredos que possui medo de serem revelados?

“Acho que sempre vou estar despedaçada. Posso trocar os fragmentos de lugar, rearrumá-los, dependendo do dia, dependendo do que eu preciso ser. Posso mudar num piscar de olhos e ser muitas garotas diferentes, sem que nenhuma delas tenha que ser eu.”(p.129)

Katja Millay constrói um livro maravilhoso que deveria ser lido por todos. Nós, seres humanos possuímos uma mania feia de rotular as pessoas, julgando-as antes da hora. O livro vai lhe mostrar que nem sempre tudo isso é um grande defeito porque você vai acabar se apegando com os mesmos problemas ao lado dos personagens. Drew, com suas passagens engraçadas vamos vendo todas as suas conquistas ao longo. Reforçando toda a leitura! E ainda refletindo que podemos ter amigos reais que se importam conosco.

“- Eu desejei que a minha mãe estivesse aqui hoje, o que é idiota, porque é um desejo impossível. Ele dá de ombros e se vira para mim, disfarçando o sorriso que sempre me conquista. – Não é idiota desejar ver sua mãe de novo. – Nem é tanto que eu quisesse ver a minha mãe de novo – diz ele, me olhando com a profundidade de mais de 17 anos nos olhos. – Eu queria que ela visse você.” (p. 208)

A editora Arqueiro apresentou  uma capa bastante chamativa, dois rostos por um pote de sorvete derramando. A revisão deixou um pouco a desejar pelos erros que acabei encontrando, mas nada que impossibilite a compreensão do livro. Partes da tradução não me chamaram tanta atenção, sei lá, faltava algo a mais.

O livro é apresentado em capítulos alternados pelos dois personagens (Josh e Nastya), deixando-a mais fluida e impactante. Mar de Tranquilidade deveria ser lido por todos e vale ser um grande presente para aquela pessoa que lhe nutre sentimentos de felicidade, cumplicidade, amor, família, amizade, perdão, segundas chances e até mesmo para aqueles que estão desacreditados com suas próprias vidas. Leia!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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