Resenhas

Resenha: Príncipe Mecânico, por Cassandra Clare

PRINCIPE_MECANICO_1363230264PNome do Livro:Príncipe Mecânico
Nome Original: Clockwork Prince- The Infernal Devices
Série: As Peças Infernais #02
Autor(a): Cassandra Clare
Tradução: Rita Sussekind
ISBN: 978850109269X
Páginas: 406
Editora: Galera
Ano: 2013
Avaliação: 5/5 ++ bônus
Onde comprar: Compare Preços

Tessa Gray não está sonhando. Nada do que aconteceu desde que saiu de Nova York para Londres — ser sequestrada pelas Irmãs Sombrias, perseguida por um exército mecânico, ser traída pelo próprio irmão e se apaixonar pela pessoa errada — foi fruto de sua imaginação. Mas talvez Tessa Gray, como ela mesma se reconhece, nem sequer exista. O Magistrado garante que ela não passa de uma invenção. Para entender o próprio passado e ter alguma chance de projetar seu futuro, primeiro Tessa precisa entender quem criou Axel Mortmain, também conhecido como Príncipe Mecânico.

Não tem jeito, a escrita de Cassandra Clare sempre surpreende! Não só a mim, mas uma legião de fãs desde a série Os Instrumentos Mortais. No último ano (2012), quando foi lançado pela Galera Record o Anjo Mecânico, não imaginaria que um prequel baseado nos acontecimentos anteriores  da série mais conhecida de todos os tempos poderia ser tanto sucesso. A junção da autora amarrando os dois momentos foram fantásticos deixando qualquer um afoito pela sequência de cada livro.  Príncipe Mecânico conseguiu superar o seu antecessor. Se você ainda não leu a resenha do primeiro livro, leia agora clicando aqui.  Mesmo tentando retirar spoilers, a resenha pode conter alguns.

Depois da descoberta de que Axel Mortmain é o Magistrado, e que o irmão de Tessa, Nate, trabalhava para o grande vilão, criou uma grande decepção aos olhos da garota. Ao lado de Will, Jem, Charlotte e Henry, os caçadores de sombras enfrentarão mais um grande problema. O Conclave de Londres deu duas semanas para que Charlotte e Henry encontrem o Magistrado- caso contrário eles irão perder o controle do Instituto em Londres. Como se não pudesse piorar mais ainda, o Magistrado quer a garota de qualquer jeito, ela possui uma espécie de ligação com o Submundo importante para o futuro. Do outro lado temos Will, deixando qualquer leitor confuso junto aos seus pensamentos. Ele continua meio afastado de Tessa,  ao mesmo tempo apaixonado, sarcástico, intenso, deixando várias perguntas na cabeça envolta do futuro dos dois.

Depois de uma longa discussão, afastando Tessa ainda mais de Will, ela começa a se aproximar de Jem, diferente do outro, ele é humilde, gentil, alegre e inteligente. O problema é que o garoto não quer só a sua amizade, ele quer o seu coração. Deixando-a meio confusa e por outro lado dividida junto a seus sentimentos.  Diferente do livro anterior, quando Clare apresentou e detalhou todos os personagens, mostrando suas origens e histórias, aqui os acontecimentos são meio diferentes. Tessa está mais madura, controlando  seus poderes e muito mais confiante tentando cooperar e ajudar os caçadores de sombras.

“Tessa caiu na gargalhada, em seguida pôs a mão na boca. Maldito Will, por sempre conseguir fazê-la rir, mesmo quando ela não queria, mesmo quando sabia que abrir o coração para ele, ainda que um único centímetro, era como tomar uma dose de alguma droga mortal e viciante.” (p. 72)

Com tantos acontecimentos Magnus Bane (sim, ele retorna!) e Herondele, quando descobrimos o motivo de ser tão cruel com as pessoas e seu grande passado, tentando juntos descobrir uma forma de quebrar este grande segredo. Retomo novamente afirmando a necessidade de ter lido o livro ou nossa resenha do livro anterior. Como exposto acima, Charlotte está para perder o controle do Instituto, tudo isso porque Benedict Lightwood trava um impasse quando a mulher desafia sua capacidade de controle. É daqui para frente que os nossos heróis terão pouco tempo para encontrar o Magistrado (ou podemos chamar de Príncipe Mecânico?) e o pior, existe um grande espião entre eles (quem será?).

Fora isso, (quanta coisa, não?) você leitor irá começar a conhecer o passado verdadeiro de Will, os motivos de como ele age e tenta esconder das pessoas. Quanto a Jem, não iremos ter grandes revelações por enquanto no enredo. E se você ainda achou que acabou, continue lendo só mais um pouco. O passado, presente e futuro de Tessa ficará martelando ainda em nossas mentes, para piorar, a autora coloca mais perguntas e deixa os finais prontos para enlouquecer qualquer fã (em Instrumentos Mortais não foi diferente).

“Foram os livros que fizeram que fizeram que eu não estava completamente sozinho. Eles podiam ser sinceros comigo e eu com eles.” (p. 373)

Cassandra Clare, como já citado, retoma os acontecimentos de Anjo Mecânico incrivelmente, tudo foi necessário para amarrar aqui no sucessor. Ela ainda continua jogando muita informação e cada detalhe se torna essencial para as amarras no  terceiro e último volume em Princesa Mecânica. Para alegria dos fãs, ele será lançado no segundo semestre deste ano no Brasil. Um outro ponto que não posso esquecer e frisar novamente foi a ambientação da autora, uma Londres vitoriana com suas detalhes da época necessitou de uma grande pesquisa para transformar os seus personagens. Admiro muito o trabalho da autora em amarrar tão bem um enredo.

A editora Galera Record manteve a mesma capa da edição americana, seguindo os mesmos moldes da outra série da autora. Os efeitos holográficos continuam proporcionando um detalhe mais bonito ao livro. A diagramação, letras continuam o mesmo, e o melhor, no final você pode ver uma espécie de bônus, apresentando algo importante do personagem Will. A tradução da Rita Sussekind, bastante conhecida, novamente foi perfeita, não mudou nada da edição americana.

Enfim, poderia ficar delongando esta resenha por horas, são tantos detalhes e acontecimentos que fica difícil escrever sem passar spoilers. Falei, Falei, e na realidade não falei nada. Isso é para que vocês leiam e depois voltem para contar como foi a sua experiência ao ler essa incrível e desejada trilogia.

A série, As Peças Infernais:
1- Anjo Mecânico (2012); resenha clique aqui
2- Príncipe Mecânico (2013)
3- Princesa Mecânica (lançamento no Brasil previsto para outubro, 2013)

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

4 thoughts on “Resenha: Príncipe Mecânico, por Cassandra Clare

  • barbara

    estou no inicio dessa leitura e estou achando muito bom, tem um toque muito forte , estou encantada

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  • bia souza

    não despertou meu interesse, não que seja ruim , pq naum é, mas é diferente do que eu costumo ler

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  • Lucas Goulart Duarte

    Não li nada da Cassandra inda, mas pretendo muito por causa dos filmes que estão sendo lançados 🙂 sei que todos são ótimos, mas estou mais ansioso para chegar em As Peças Infernais,porém n sei pq haha

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  • Ainda não li o primeiro, mas ja ouvi falar que o menino é melhor que Jace..um motivo para eu querer para ontem rsrs.
    So não gosto dessa coisa triangulo, isso me incomoda muito, acho que da para escrever um romance legal com um certo drama, sem ter um terceiro na equação..
    beijos.

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