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Livro: Oblivion Song: Canção do Silêncio – Robert Kirkman

Título: Oblivion Song: Canção do Silêncio
Volume: 01
Autor: Robert Kirkman
Tradutor: Fernando Scheibe
Ilustrador:Lorenzo De Felici
Ano do lançamento da edição: 2019
Páginas: 144
Editora: Intrínseca
Onde Comprar: Amazon

Anos atrás, 300 mil habitantes da Filadélfia foram transportados para Oblivion, uma nova dimensão aterrorizante que surgiu de forma inexplicável e destruiu áreas da cidade. Os desaparecidos tentam sobreviver enfrentando seres monstruosos em um ambiente inóspito e atordoante, marcado por raros momentos de calmaria. O governo investiu muitos recursos em incursões para resgatar as vítimas, mas depois de dez anos as buscas foram encerradas. Mesmo lamentando a perda de entes queridos, a vida seguiu seu curso para grande parte da cidade, e monumentos, memoriais e museus foram erguidos em homenagem aos que se foram. No entanto, se depender do cientista Nathan Cole, ninguém vai ficar para trás. Nathan desenvolveu uma tecnologia extremamente instável que lhe permite visitar Oblivion todos os dias. Ele arrisca a própria vida em viagens solitárias, perigosas e muitas vezes infrutíferas na tentativa de resgatar sobreviventes. Cada vez que volta de lá, se mostra mais determinado. Mas o que Nathan procura? Por que não consegue resistir ao chamado de Oblivion, à canção silenciosa de um mundo prestes a ruir e a levá-lo junto? Criador de The Walking Dead — série vencedora do prestigiado Eisner Awards —, Robert Kirkman retorna com seu talento para contar histórias de caos em cenários pós-apocalípticos. Oblivion Song: Canção do Silêncio narra o luto, os traumas e os limites impensáveis que ultrapassamos para consertar os erros do passado. Com o traço único de Lorenzo De Felici, o primeiro volume reúne os seis fascículos iniciais da série.

Uma das mais perfeitas experiências literárias lendo um livro em quadrinhos! Ao lado de Lorenzo De Felici e as cores intensas apresentadas por Annalisa Leoni, chegou pela editora Intrínseca o livro Oblivion Song. Este, é uma ficção cientifica pós-apocalíptica que nos torce todo pela complexibilidade do medo.

Cole é o nosso grande protagonista e norteador de todo o enredo, ele vaga pelos escombros de uma cidade lotada de monstros, salvando a vida de duas pessoas que se encontram muito apavoradas. Sua profissão: pesquisador e explorador, acaba indo na busca de seu irmão no meio das ruas. O grande problema que não é somente o seu irmão desaparecido, são mais de 300 mil pessoas na Filafélfia, nos EUA, o governo já encerrou todas as buscas, no qual acreditam ser gastos sem sucessos. Nosso protagonista não vai desistir fácil, assim, ele atravessa a barreira entre a realidade e a dimensão de Oblivion. E toda vez que o mesmo encontra alguém, ele tenta trazer para a sua realidade, salvando-a.

Foto: Divulgação

Se torna perceptivel todo o sofrimento desses sobreviventes com essa nova vida, o que lutaram anos do outro lado para sobreviverem, agora são levados para uma vida normal. Fora os temores que acontecem, como dormir para valer à noite, fugir de monstros pelas ruas destruídas da cidade se torna um grande desafio. Um estresse traumático que não tinha lido em nenhum lugar. Uau!

Enfrentando resistência do governo por suas idas para Oblivion, Cole precisa demonstrar a segurança da tecnologia e toda modernidade, o que acaba o governo não financiando, ainda mais por procurar seu irmão que está até o momento perdido. E ainda fiquei com uma pulga atrás da orelha porque o enlace vai nos guiando para mais mistérios, se o motivo de Cole estar ali é realmente só por causa do irmão. No final as coisas esclarecem melhor!

O que mais gostei foi que o enredo não trabalha a visão do personagem principal em si, mas mostra visões de outros. É visível os sofrimentos de adaptação. Qualquer barulho grande é motivo de susto, e a desconfiança de quem aparece e desaparece em Oblivion levando pessoas embora. Depois que o mundo deles virou de cabeça para o ar e monstros começaram aparecer, nada mais se torna seguro.

Foto: Divulgação

Me imaginei esses soldados que lutaram em guerra a vida toda, voltar para sua vida rotineira e normal. As ilustrações de De Felici mostrou passagens bem dramáticas, cenários perfeitos para que possamos nortear todo o conteúdo. E aqui foge um conteúdo exagerado de máscaras, mostrando uma grande ação central.

A editora Intrínseca trouxe uma edição muito bonita, porém pecou somente pela falta de uma capa dura, que deixaria todo o charme da obra e das futuras edições que ainda irão ser lançadas. Como é perceptível a medida que você caminha na leitura as folhas começam a entornar. Uma leitura fantástica para qualquer idade!!! Indico muito!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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