Resenha: O Desafio de Ferro, por Holly Black e Cassandra Clare
Nome do Livro: O Desafio de Ferro
Nome Original: Magisterium: The Iron Trial
Série: Magisterium #01
Autor(a): Holly Black e Cassandra Clare
Tradução: Amanda Orlando
Editora: Novo Conceito / #irado
ISBN: 9788581635576
Páginas: 384
Ano: 2014
Nota: 5/5
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AMIGOS E INIMIGOS. PERIGO E MAGIA. MORTE E VIDA. A maioria dos garotos faria qualquer coisa para passar no Desafio de Ferro. Callum Hunt não é um deles. Ele quer falhar. Se for aprovado no Desafio de Ferro e admitido no Magisterium, ele tem certeza de que isso só irá lhe trazer coisas ruins. Assim, ele se esforça ao máximo para fazer o seu pior… mas falha em seu plano de falhar. Agora, o Magisterium espera por ele, um lugar ao mesmo tempo incrível e sinistro, com laços sombrios que unem o passado de Call e um caminho tortuoso até o seu futuro. Magisterium – O Desafio de Ferro nasceu da extraordinária imaginação das autoras best-seller Holly Black e Cassandra Clare. Um mergulho alucinante em um universo mágico e inexplorado.
É difícil resenhar/ avaliar um livro quando você espera muito…muito mesmo! Desde ao anuncio da editora Novo Conceito pela nova obra de Cassandra Clare em parceria com a autora Holly Black. Apostava em algo que poderia preencher o meu vazio de livros que envolvessem a magia. Quando pesquisei mais afundo que envolveria elementos, não deu outra, iria abandonar tudo e encarar o livro quando lançasse.
Em O Desafio de Ferro, primeiro volume da obra, iremos iniciar o enredo com suspense. Isso mesmo! Sem conhecer o personagem, um homem andando por uma caverna fria, de gelo, procurando alguma coisa ou melhor: sua família que parecia e estava morta. Ao encontrar sua esposa Sarah, morta e o bebê vivo preso um de seus pés há uma coluna de gelo, avista uma grande surpresa em uma pedra de gelo, uma mensagem escrita: MATE A CRIANÇA. Nada ali tinha sobrevivido e o que parecia um esconderijo, serviu como uma espécie de chacina. Anos depois, somos apresentados à Callum Hunt, morador em uma cidadezinha na Carolina do Norte.
“Sua constante expressão carrancuda, o cabelo preto bagunçado e os suspeitos olhos cinzentos eram bem conhecidos pelos vizinhos” (p. 13)
O garoto é o mesmo que foi encontrado preso na barra de gelo anos atrás e o homem que estava andando pela caverna era seu pai, Alastair Hunt. Ele nunca escondeu de Call parte da história de sua família. Que ambos vinham de uma descendência de magos e que ao completarem doze anos de idade, os adolescentes, aspirantes a magos deveriam participar do “Desafio de Ferro” para entrar na escola do Magisterium. Ali, eles poderiam controlar toda a magia e aceitar o dom recebido. O grande problema é que o passado deixou o pai de Call com bastante trauma e ele pede e treina o garoto para que perca todos os testes e não seja admitido.
No local, novos personagens surgem, como: o Mestre Rufus, um dos magos mais desejados pelos alunos, ambos fazem de tudo para que ele a escolha; Mestre North, o que eu jogaria como um diretor; Mestre Milagros, uma das tutoras, Mestre Rockmaple, Mestre Phineus e alguns dos personagens que compõe o enredo de tantos outros: Aaron e Tamara, se tornam amigos e colegas de alojamento; Drew Wallace, este você leitor deve gravá-lo; Kylie, Jasper e tantos outros alunos do Magisterium. No início ficamos meio confusos por tanto personagem e informação jorrada, mas aos poucos tudo vai ficando de fácil entendimento. Call mesmo não querendo ser escolhido, ter aprontado com todo o teste sem querer, acaba sendo aceito pelo Mestre Rufus, deixando muitos confusos pela escolha. Antes de mais nada, cada tutor pode escolher cinco aspirantes para treiná-los e nem todos podem ir para a escola. A escolha do professor acaba provocando uma irá em Jasper. Mesmo contrariado e o pai tentar ajudar o filho, ele acaba partindo para o colégio.
A ambientação da escola por ser uma espécie de caverna, os túneis e passagens secretas, remetem algo meio dark ao leitor, que aos poucos vamos querendo sempre mais. Cada aspirante recebe um bracelete e no tempo que estiverem na escola, ele será usado para pontuar, abrir portas e passar para os próximos anos, como no primeiro que é o “Ano de Ferro”. Os dias passam e nossos heróis irão passar por treinamentos de riscos, deverão dosar a paciência e ainda por cima conhecer seres que nunca tinham vistos. O ponto forte da obra é a parte que envolve o passado de Call, o mistério do Makar e o que o Inimigo da Morte está tramando. Outro ponto crucial, é que as autoras não deixam algumas revelações para os outros volumes, o passado, as dúvidas sobre o Confronto Gelado, a história dos pais de Call e a ligação dele com seus novos amigos são reveladas. Ufa! Muita informação, não? Somente lendo para descobrir.
Cassandra Clare e Holly Black construíram uma obra digna e bastante inovadora. Mesmo que muitos ainda devam comparar com Harry Potter, o enredo é bastante diferente e alternado. Como um amigo me disse, Magisterium é para aqueles que não presenciaram toda euforia do bruxinho e agora terão oportunidades. A ligação entre o passado, presente e futuro. Os ensinamentos levados aos elementos: terra, fogo, água, ar e o quinto elemento pelo vazio representado pelo caos deixa a obra bastante tentadora. Menções que outros autores ainda não tinham feito ou construídos. O terror de Holly Black e os mistérios de Clare estão muito presentes, sendo visível a diferença em muitos capítulos.
A edição da editora Novo Conceito ficou bastante fiel ao volume americano. A diagramação ficou bastante caprichada e atrativa. Não vi erros de português que prejudicasse toda coerência e coesão da obra. O único problema, é termos que esperar o final do próximo ano para acompanhar o segundo volume. Como assim?
Leiam!!!Leiam!!!!
